Previsão do Tempo

Ciclone extratropical traz chuva, vento e risco de temporais ao Sul do país

A instabilidade não vai trazer novas enchentes de rios nos locais já atingidos

Foto de céu nublado com nuvens escuras.
Há possibilidade ainda de raios e temporais localizados | Foto: Henrieke Fischer/Unsplash

A MetSul Meteorologia alerta que um ciclone extratropical começou a se formar no Sul do Brasil nesta segunda-feira (27), trazendo chuva, vento e o risco de temporais localizados. O ciclone ainda vai deixar o mar agitado em uma extensa área da costa brasileira com forte ressaca nas praias.

Não se projeta precipitação excessiva sobre as bacias dos rios que enfrentaram cheia, não causando um repique significativo de cheia nos rios que cortam os vales, no Jacuí e, por efeito, no Guaíba. Onde mais deve chover é nas bacias dos rios Gravataí, Sinos e nascentes do Caí, mas sem volumes que causem uma grande cheia.

Apesar da chuva em um primeiro momento, este tipo de sistema costuma impulsionar ar seco para o Rio Grande do Sul quando começa a se afastar. Após a instabilidade deste início de semana, o ciclone vai garantir vários dias seguidos sem chuva volumosa ou com sol e nuvens, proporcionando a baixa dos níveis de vários rios.

Previsão

Uma série de pequenas áreas de baixa se formam na altura do Rio Grande do Sul nesta segunda e depois darão origem a um centro de baixa pressão mais profundo na costa que vai caracterizar um ciclone extratropical maduro na costa entre terça (28) e quarta-feira (29). Com a formação do ciclone, o tempo vai se instabilizar em grande parte do estado gaúcho nesta segunda com chuva moderada a forte, com volumes altos, entre 30 mm e 50 mm, em poucas horas em pontos do Sul e do Leste do Rio Grande do Sul. Há possibilidade ainda de raios e temporais localizados.

Na terça-feira, o vórtice do ciclone vai estar sobre o mar junto ao litoral do Rio Grande do Sul e ainda provoca chuva por vezes forte a intensa no Sul gaúcho no começo do dia. Na maioria das regiões do estado cessa o risco de precipitação volumosa com o avanço de ar mais seco a partir do Oeste. A circulação de umidade do sistema na costa, porém, ainda traz abundante nebulosidade e pode ter garoa ou chuva fraca em diferentes pontos do Rio Grande do Sul ao longo da terça, intercalada com aberturas de sol em vários locais do estado.

Na quarta-feira, o centro do ciclone estará sobre o Oceano Atlântico mais distante da costa do Sul do Brasil, se afastando do continente. O sol aparece com nuvens no estado, mas com momentos de maior nebulosidade. Ainda pode ocorrer chuva ou garoa isolada e passageira.

Na quinta-feira (30), a tempestade já estará mais distante da costa e o sol aparece com nuvens no Rio Grande do Sul, embora ainda ocorram momentos de maior nebulosidade em diversos pontos do estado por nuvens baixas ou nevoeiro, especialmente no início do dia.

Na sexta (31), o centro de ciclone vai se localizar muito longe do Rio Grande do Sul, no Atlântico, e o território gaúcho terá um dia com sol, nuvens e momentos de maior nebulosidade em que o céu pode ficar nublado ou encoberto em diversas localidades, principalmente no começo do dia por camadas de nuvens baixas ou nevoeiro.

Vento

O ciclone extratropical vai provocar vento que pode ser forte e com rajadas intensas em alguns pontos. O vento mais forte ocorre na terça, mas já começa a aumentar da tarde para a noite de segunda. O Sul gaúcho deve ser a área mais impactada pelo vento forte a intenso. O tempo ficará ventoso no Leste dos três estados do Sul do Brasil, mas as rajadas mais fortes devem ocorrer no Sul gaúcho e no Litoral (Chuí e Mostardas).

Na maior parte do Rio Grande do Sul, as rajadas de vento devem ficar entre 30 km/h e 60 km/h. Em Porto Alegre, na média, entre 50 km/h e 70 km/h. No Litoral Norte, entre 60 km/h e 80 km/h. No Sul gaúcho e no Litoral Sul, o vento nas rajadas pode atingir de 80 km/h a 100 km/h em alguns pontos com marcas isoladamente superiores. Fortes a intensas rajadas são previstas ainda na borda da Serra perto do litoral no Nordeste do Rio Grande do Sul e no Planalto Sul catarinense com rajadas acima de 100 km/h.

Fonte: MetSul