A chuva vai retornar ao Rio Grande do Sul de forma mais generalizada a partir do próximo fim de semana. A meteorologista Estael Dias, da MetSul, afirma que o cenário de precipitação deve ser diferente dos eventos extremos que levaram às enchentes. “Felizmente, o retorno da chuva com maior frequência que se projeta para a segunda metade deste mês ocorre na sequência de uma primeira quinzena de junho marcada por pouca chuva em quase todo o Rio Grande do Sul, o que permitiu o recuo dos níveis dos rios e também do Guaíba em Porto Alegre”, afirma.
A semana que se inicia será marcada pela predomínio do tempo firme com dias de sol e nuvens. Não há previsão de chuva para a maioria dos dias desta semana em quase todos os municípios do Rio Grande do Sul. Nesta segunda-feira (10) e na terça (11), no Leste gaúcho, pode ocorrer instabilidade muito isolada e com baixos volumes.
A tendência é de que a chuva retorne para a maioria das regiões do Rio Grande do Sul no fim de semana, entre o sábado (15) e o domingo (16).
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No dia 15, a chuva se concentraria entre o Centro, o Oeste e o Sul do estado, mas sem volumes muito altos na maioria das cidades. No dia 16, por sua vez, a chuva aumentaria no estado e com volumes mais altos, mas ainda sem acumulados excessivos ou extremos. Já na segunda-feira (17), o tempo seguiria com chuva na maior parte do Rio Grande do Sul, sem volumes muito altos na maioria das cidades.
De acordo com a MetSul, a projeção para os dias 15 a 17 de junho não aponta volumes extremos que possam gerar novas grandes enchentes. Os níveis dos rios subirão com a chuva, mas os acumulados previstos não apontam para elevações a níveis de alerta ou críticos.
Os modelos, em geral, indicam precipitação na maioria das cidades do estado entre 50 mm e 100 mm no período e que vai se concentrar entre os dias 15 e 19. Os dados de hoje sugerem acumulados superiores a 100 mm sobretudo para a Metade Oeste.
Aviso
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesse domingo (9) aviso sobre a possibilidade de novas chuvas entre a sexta-feira (14) e a segunda-feira da semana seguinte (17). De acordo com o comunicado, tanto a Defesa Civil quanto a Sala de Situação do estado monitoram o avanço de uma frente fria.
Chuva
A preocupação aumenta com a previsão de que a segunda quinzena deste mês seja mais chuvosa, com muitos dias com registro de precipitação, alguns com acumulados elevados em parte do estado.
Nesta primeira metade do mês, o Rio Grande do Sul está dentro da influência da massa de ar quente. Na segunda metade do mês, deixaremos de estar dentro da área de tempo firme e quente e passaremos a estar na zona de transição de massas de ar quente e frio, o que significará chuva frequente e com maiores volumes. Nos últimos dias de junho, a precipitação ficaria perto ou acima da média no estado.
Mudança
A MetSul alerta que os impactos da chuva nas cidades e nos rios pode ser diferente agora do que eram antes das chuvas extremas e enchentes. As enchentes trouxeram grande quantidade de sedimentos e terra. O delta do Jacuí e o Guaíba tiveram grande assoreamento, assim como provavelmente outros rios que passaram por grandes cheias como o Taquari, Caí e Sinos.
“A chuva mais volumosa, como a que se prevê para a segunda metade do mês, pode ter efeitos diversos daqueles que ocorreriam antes das enchentes. Em outras palavras, os rios podem subir mais em alguns pontos que subiriam se não tivesse ocorridos as cheias dos últimos nove meses”, alerta a MetSul
Também preocupa a macrodrenagem urbana, já que grande quantidade de lixo e lama adentrou as redes de esgotos, reduzindo a capacidade de drenagem. Isso aumenta o risco de alagamentos de ruas e arroios.
Com informações da MetSul e Agência Brasil
