
Chuva volumosa e localmente excessiva atingiu várias regiões do Rio Grande do Sul nas últimas horas como consequência da formação do ciclone no estado. Os acumulados passaram de 150 mm em alguns pontos, ou seja, mais que a média de dezembro todo de precipitação em poucas horas, especialmente em municípios da parte central do território gaúcho.
Os acumulados de chuva até às 9h desta terça-feira (09) na rede do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) foram de 141 mm em São Sepé, 134 mm em Venâncio Aires, 121 mm em Cruzeiro do Sul, 111 mm em Boqueirão do Leão, 110 mm em Vera Cruz, 104 mm em Passa Sete e 100 mm em Porto Vera Cruz.
Estações do Cemaden indicaram ainda 96 mm em Caçapava do Sul, 94 mm em Estrela, 93 mm em Santa Cruz do Sul, 90 mm em Boqueirão do Leão, 87 mm em Ibirapuitã, 85 mm em Novo Cabrais e Rio Pardo, 84 mm em Livramento, 81 mm em Cachoeira do Sul, 79 mm em Barros Cassal, 77 mm em Restinga Seca, 76 mm em São Pedro do Sul e 75 mm em Pinto Bandeira.
Já estações automáticas particulares e da Secretaria da Agricultura apontaram até o mesmo horário volumes de 183 mm em Encruzilhada do Sul, 158 mm em São Sepé, 152 mm em Venâncio Aires, 127 mm em Tupanciretã, 125 mm em Restinga Seca, 124 mm em Mato Leitão, 117 mm em Santa Cruz do Sul, 111 mm em Ibirapuitã, 105 mm em Espumoso, 103 mm em Fontoura Xavier e Caçapava do Sul, 102 mm em Estrela e 100 mm em Vale Verde.
Na rede do Instituto Nacional de Meteorologia, que conta com muitos menos pontos de medição, os maiores volumes até às 9h desta terça foram de 93 mm em Caçapava do Sul, 70 mm em Tupanciretã, 64 mm em Cachoeira do Sul, 63 mm em Aceguá, 56 mm em Rio Pardo e Santana da Boa Vista, 53 mm em Minas do Leão e Bagé, e 50 mm em Encruzilhada do Sul.
A MetSul alerta que a chuva prossegue no decorrer desta terça com maior risco de precipitação por vezes forte a intensa na Metade Leste gaúcha. Pode chover muito forte na segunda metade do dia em pontos entre a Grande Porto Alegre e o Litoral Norte assim como em setores do Sul do estado, especialmente próximos da Lagoa dos Patos, com o ciclone alcançando o Leste do estado e se intensificando.
Muitas pessoas têm questionado nas redes sociais se pode haver enchente? Então, o risco é que esta chuva volumosa traga alagamentos, inundações localizadas e a subida de pequenos cursos d´água (rios menores, córregos e arroios), além de deslizamentos e queda de barreiras em encostas de zonas de relevo.
Enchentes de maior porte e cheias de grandes rios demandam chuva volumosa numa área muito extensa. Os volumes, embora altos, têm ocorrido por convecção com uma enorme variabilidade de acumulados. Há municípios com pontos de medição marcando de 50 mm a 150 mm, um traço da chuva desta época do ano que costuma variar demais em volume de ponto para outro.
Fonte: Metsul
