Agronegócio

Volume de importações de fertilizantes atinge novo recorde em outubro

O volume de importações de fertilizantes no país continuou recorde no mês de outubro. O crescimento ocorre mesmo com o cenário do mercado internacional, que tem gerado preocupação em relação ao abastecimento nacional desses insumos. O Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que o alerta para o abastecimento seguirá nos próximos meses.

A preocupação ocorre pelo fato de China e Rússia terem anunciado restrições às exportações, sendo este último o principal país fornecedor para o Brasil. Mesmo assim, o volume de importações de fertilizantes no país bateu em outubro a marca histórica de 33,8 milhões de toneladas. O número indica um maior investimento na safra atual, bem como um aumento de área plantada das principais commodities nacionais, como soja e milho.

Segundo o Boletim, o atual cenário mundial pode criar mais preocupação para o abastecimento para os próximos meses e, talvez, para o próximo ano. No entanto, o governo brasileiro já iniciou tratativas com o governo e empresas russas no intuito de garantir a regularidade no fornecimento de fertilizantes.

Seguindo o ritmo atual, nos próximos meses o país pode chegar a importar mais de 35 milhões de toneladas destes insumos. Os principais fatores são o fato de os produtores estarem capitalizados e incentivados ao investimento no plantio, apesar da elevação significativa dos custos dos adubos.

O Boletim Logístico traz como exemplo o estado de Mato Grosso. O principal produtor de milho, soja e algodão do país importou, de janeiro a outubro, 6,6 milhões de toneladas, um incremento de 35,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fretes

Os fretes, na maioria das rotas pesquisadas, seguem em baixa, tendo em vista o período de entressafra das principais praças produtoras, o que diminui o interesse pela movimentação de cargas de grãos. A expectativa é de que haja elevação dos preços quando se iniciar a colheita de soja, a qual se espera um volume recorde de produção, bem como em função dos impactos dos aumentos nos combustíveis.

Fonte: Conab