Em entrevista ao Destaque Rural, a agrometeorologista do Irga, Jossana Cera fala da intensificação do fenômeno que atingiu maiores níveis dos últimos 50 anos. Segundo relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), houve aquecimento nas águas do Pacífico acima de 2°C, que configura o que alguns chamam de super el niño. “Os reflexos ainda demoram um tempo para chegar aqui no Rio Grande do Sul”, aponta a especialista, que também destaca que essa foi a primeira semana do El niño mais forte.
Ainda não é possível afirmar se o fenômeno deve manter força ou não, porém o NOOA também aponta que o el niño deve se manter até fevereiro de 2024 com possibilidade de se estender até maio.
Impactos na agricultura gaúcha
Para a implantação e condução das culturas de – primavera-verão, o produtor deverá dispor de um eficiente sistema de drenagem, para o rápido escoamento da água das chuvas.
Arroz irrigado: a semeadura segue atrasada, devido ao
excesso de dias chuvosos. Além disso, muitas áreas têm sido atingidas pelas cheias dos rios, acarretando em mais prejuízos.
Soja: os produtores aproveitam os dias de tempo firme, para dar prosseguimento na semeadura. O panorama geral do Estado é de atraso na área semeada também.
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