A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) autorizou nesta quarta-feira (15/03) a execução dos projetos do Programa Sementes Forrageiras de 2022. O ofício, assinado pela secretária Silvana Covatti, autoriza a Emater/RS-Ascar a elaborar projetos de aquisição de sementes de pastagens para 93 entidades privadas, entre sindicatos, associações e cooperativas, que haviam manifestado interesse em participar do programa.
O Sementes Forrageiras irá beneficiar cerca de 13 mil agricultores familiares e pecuaristas familiares. Uma das novidades é que o valor individual a ser financiado por agricultor aumentou de R$ 500,00 para R$ 600,00. E o teto máximo por entidade passou de R$ 150 mil para R$ 180 mil. O aumento foi autorizado pela Secretaria Estadual da Fazenda, por meio de suplementação orçamentária para este ano de 2022, em função da estiagem.
“Dentro da realidade difícil que a maioria dos produtores do Estado está enfrentando, com a falta de alimentação para seus animais, esse aumento de 20% no valor disponível para a aquisição de sementes forrageiras tem como objetivo proporcionar uma ajuda a mais na formação das pastagens”, destaca a secretária Silvana.
De acordo com o coordenador do programa, agrônomo Jonas Wesz, o aumento da área cultivada com pastagens nesse período é fundamental para a recuperação e a estabilidade na produção leiteira. Segundo ele, o incremento no volume de forragem busca também compensar uma parte do estoque de alimento de reserva, principalmente de silagem, que foi consumido em decorrência das estiagens dos últimos anos, evitando assim perdas ainda maiores na produção. “Nesse momento, a semeadura e a formação de pastagens anuais são as medidas mais eficazes para produção de alimentos na propriedade”, afirma Wesz.
O convênio com as prefeituras para a execução de parte do programa, anunciado em janeiro deste ano, ainda está em estudo pela área jurídica do governo. A partir destes convênios, os recursos do Forrageiras poderão alcançar até R$ 11 milhões.
Próximas etapas
A partir de agora, a Emater, junto às entidades, começa a elaborar os projetos técnicos e organizar a documentação para a contratação e uso do recurso. Após a elaboração, o projeto é enviado para a Secretaria, que encaminha para o Badesul fazer o contrato do pagamento diretamente ao fornecedor de sementes. O produtor tem que quitar 70% do valor do financiamento junto às cooperativas e sindicatos até fevereiro do ano seguinte. Os outros 30% são subsidiados pelo estado.