Agronegócio

Safra do pinhão na Serra deverá apresentar variações entre os municípios

Com colheita e comercialização liberada desde o início do mês de abril nos estados do Sul, a safra de pinhão gaúcho deverá apresentar variações entre os municípios produtores. Em Muitos Capões, a estimativa é de uma produção de 100 toneladas; São Francisco de Paula, 70 toneladas; Cambará do Sul, 50 toneladas; Bom Jesus, 45 toneladas e São José dos Ausentes, 40 toneladas.

Conforme levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar, as estimativas iniciais apontam para uma safra semelhante à do ano passado, podendo haver redução de 10 a 30% na produção. A engenheira florestal Adelaide Ramos, extensionista da Emater/RS-Ascar, explica que “isso se deve às condições climáticas ocorridas no período de desenvolvimento das pinhas, especialmente as estiagens que vêm se repetindo nos últimos anos, aliadas à alternância de produção, que é uma característica da espécie.”

A Serra Gaúcha é a maior produtora de pinhão no estado, especialmente as regiões dos Campos de Cima da Serra e Hortênsias, onde o produto é um elemento na formação da renda ou mesmo no sustento das unidades de produção familiares que trabalham com o extrativismo da semente.

Nesta região, as variedades mais precoces estão em maturação e debulha, e as mais tardias em desenvolvimento da semente. As pinhas e os pinhões apresentam boa qualidade e sanidade e tamanho mediano.

Toda a colheita é manual e a cadeia produtiva apresenta poucas iniciativas de beneficiamento, industrialização e armazenamento, concentrando-se a comercialização no período que vai de abril a junho. O preço mínimo pago para o extrativista de pinhão neste ano, conforme a Portaria do Mapa Nº 534, de 19/12/22, é de R$ 4,05/Kg.

A colheita e a venda do pinhão gaúchos são regularizados pela Lei Estadual Nº 15.915, de 22/12/22.

Fonte: Emater/RS-Ascar