Agronegócio

RS: Governo do Estado reúne prefeitos do Litoral para debater orientações sobre a gripe aviária

Vice-governador recebeu representantes de municípios que registram mortes de mamíferos aquáticos.

O vice-governador Gabriel Souza recebeu na tarde desta terça-feira (7/11) prefeitos e secretários de municípios do Litoral gaúcho para debater medidas e orientações a respeito da gripe aviária. A iniciativa tem como foco a atuação diante dos casos da doença e da mortalidade de mamíferos aquáticos.

Representantes de Imbé, Tavares, Mostardas, Terra de Areia, Osório, Xangri-lá, Arroio do Sal, Torres, Balneário Pinhal, Palmares do Sul e Rio Grande participaram do encontro, que teve também a presença de equipes da Casa Civil e das secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), da Saúde (SES) e de Comunicação (Secom).

“O governo do Estado está em alerta, comunicando ações de prevenção e de controle dos casos registrados no litoral gaúcho. Nosso principal objetivo é, em conjunto, orientar a população corretamente e reduzir a disseminação da doença, especialmente neste período em que nos aproximamos da temporada de veraneio e de alta ocupação das praias”, explicou o vice-governador na abertura da reunião.

Segundo relatos dos gestores municipais tem sido observada uma progressiva queda no número de mamíferos encontrados mortos na beira-mar, que pode ter relação com a tendência de migração dos animais, conforme explicou o titular adjunto da Sema, Marcelo Rosa.

O diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes, relatou que o Serviço Veterinário Oficial tem atendido todas as notificações e publicou a Nota Técnica 10/2023, com orientações para a população em geral e medidas de biossegurança, como sequência de colocação e retirada de equipamentos, recolhimento e destinação de carcaças e desinfecção.

“Além disso, estamos disponibilizando equipamentos de proteção individual e materiais de desinfecção das máquinas para os servidores municipais que estão atuando no enterro dos animais”, acrescentou Lopes.

Recomendações

  • Não se aproximar ou tentar socorrer animais feridos ou doentes;
  • Não se aproximar de animais mortos;
  • Evitar circular com cães, gatos ou outros animais domésticos na beira da praia.
  • Ao encontrar animais mortos ou doentes nas praias, notificar as autoridades locais ou os órgãos do Estado pelo WhatsApp: Seapi – (51) 98445-2033 e Sema – (51) 98593-1288.

Os órgãos também alertam que não há risco no consumo de alimentos cozidos ou industrializados derivados de ovos e aves. Além disso, não há registro, no Estado, de influenza aviária em granjas avícolas nem em criações de aves para subsistência.

Gripe aviária no RS

O Estado tem hoje quatro focos de influenza em aberto, registrados nos municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres (em mamíferos aquáticos) e em São José do Norte (em ave silvestre). Outro foco foi detectado, em maio, na Reserva do Taim, também em aves silvestres, o qual foi encerrado após as análises das coletas de evidências epidemiológicas terem sido negativas.

O protocolo adotado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária indica que, no momento em que uma espécie apresenta laudo positivo para a gripe aviária, animais da mesma espécie encontrados doentes ou mortos devem ser tratados como casos positivos da enfermidade, sem necessidade de coleta de amostras e exame diagnóstico.

Até o momento, as seguintes espécies apresentaram laudo positivo para a gripe aviária em território gaúcho: cisne-de-pescoço-preto, trinta-réis-real, lobo-marinho e leão-marinho. Foram contabilizados 670 mamíferos aquáticos (leões-marinhos e lobos-marinhos) mortos devido à influenza aviária.

Ações multidisciplinares

Um esforço de ações multidisciplinares vem sendo coordenado pela Seapi com a SES, a Sema, a Secretaria da Segurança Pública e a Casa Civil. O objetivo é organizar as estratégias de vigilância da gripe aviária no Litoral do Estado, onde os casos têm se concentrado, e evitar a disseminação do vírus.

Fonte: Seapi