Agronegócio

IDR-Paraná e Embrapa-Soja iniciam Giro Técnico da Soja Safra 2023/2024

Durante todo o mês de Dezembro a Embrapa-soja e o IDR-Paraná realizarão dezesseis encontros de produtores, técnicos e pesquisadores, nas principais regiões produtoras do estado. Os encontros visam discutir novas tecnologias do campo e estratégias de combate à ferrugem asiática.

De acordo com Edivan José Possamai, coordenador estadual do Projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, o giro técnico é o momento dos agricultores que participam do projeto podem relatar como as novas tecnologias foram aplicadas em suas propriedades e os resultados obtidos. São práticas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP), a fixação biológica de Nitrogênio, o manejo de solos, tecnologias de aplicação de produtos na lavoura e Manejo Integrado de doenças (MID). “Estamos num período em que a  rentabilidade da soja vem diminuindo. Além disso, há uma demanda da sociedade por uma agricultura de menor impacto ambiental. As práticas divulgadas durante o Giro podem contribuir para que o produtor tenha uma lavoura rentável e preserve o meio ambiente”, afirmou Possamai. 

IDR-Paraná e Embrapa-Soja iniciam Giro Técnico da Soja Safra 2023/2024

O pesquisador André Mateus Prando  explica que a adoção da FBN, via coinoculação da soja com bactérias fixadoras de nitrogênio e promotoras de crescimento, promove um incremento de produtividade médio de 8,2%. Esse percentual representa benefícios na ordem de R$ 575,00 por hectares. “Além de ser uma prática bastante rentável, ajuda o meio ambiente por dispensar o uso de fertilizantes nitrogenados na cultura da soja”, destaca.

Ferrugem asiática – O controle da doença exige a aplicação de fungicida e, consequentemente,  aumenta os custos de produção. Possamai informou que a umidade excessiva, favorecida pelas precipitações em ano de El Niño, fez com que a ferrugem fosse verificada mais cedo nesta safra no Paraná. A doença já foi detectada nas regiões de Pato Branco, Cascavel, Toledo, Campo Mourão, Londrina, Cornélio Procópoio, Dois Vizinhos e Ponta Grossa. 

Uma das práticas mais importantes para o manejo da ferrugem é o uso de coletores de esporos, atualmente instalados em 180 áreas no estado. Os equipamentos coletam os esporos do fungo causador da doença e, somado às condições de temperatura e umidade, indicam o momento certo de fazer a aplicação de fungicidas nas lavouras. 

Redução de custos – Outra estratégia é o MIP (Manejo Integrado de Pragas) que indica ao produtor o momento adequado de fazer o controle de pragas e evitar danos à produção. “O MIP pode reduzir pela metade o número de aplicações de inseticidas e o MID (Manejo Integrado de Doenças) reduz em até 40% as aplicações de fungicidas, sem comprometer a produtividade das lavouras. Essas práticas revertem em mais renda para o produtor, menor custo de produção e menor impacto ambiental, trazendo benefícios para a sociedade como um todo”, concluiu. 

A agenda de encontros é:

06/12 13h30 Céu Azul

07/12 8h30 Bela Vista da Caroba e 14h00 Boa Esperança do Iguaçu

08/12 8h30 Mariópolis

11/12 14h00 Faxinal

12/12 8h30 Guarapuava e 14h00 Laranjeiras do Sul

12/12 8h30 Sabáudia e 14h00 Cafeara

13/12 8h30 Guamiranga 

13/12 8h30 Cornélio Procópio

14/12 8h30 Reserva