Agronegócio

Gestão de fazenda pecuária potencializa os ganhos com soluções biotecnológicas

O pecuarista que faz o controle e trata a fazenda como empresa sabe com precisão onde ganha ou perde dinheiro.

Pecuaristas que criam bovinos de corte tradicionalmente tendem a ter as margens cada vez mais pressionadas e desaparecer, já que é crescente o número de produtores que adotam sistemas intensivos e ferramentas de gestão nas fazendas. “É um caminho sem volta para quem quer se destacar neste mercado cada vez mais competitivo, com custos elevados e margens de lucro achatadas”, avalia o zootecnista Luiz Fernando Costa e Silva, gerente técnico responsável pelas pesquisas da Alltech no Brasil.

“Produtores que medem e têm dados da fazenda na mão podem calcular qual é o custo de produção, quanto podem gastar e em que fase o animal é mais eficiente ou está aquém do desempenho desejado, aumentando sua produtividade e rentabilidade”, explica.

Segundo ele, o pecuarista que faz o controle e trata a fazenda como empresa sabe com precisão onde ganha ou perde dinheiro. “Quanto mais informações ele tem, mais antenado está no mercado, acompanha as oscilações de preços e sabe o momento certo de vender mais animais ou colocar o pé no freio”. Os resultados positivos do acompanhamento de indicadores na pecuária foram comprovados em recente estudo realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) em parceria com a Alltech. A pesquisa revela que a utilização de ionóforos (substâncias produzidas por fermentação de microrganismos) e aditivos naturais pode ampliar o retorno financeiro ao produtor em até 25%, comparado à dieta só com ionóforos. “Conforme o estudo, o uso dos aditivos naturais em associação ao ionóforo resultou em aumentos de 4,8% no peso corporal final e de 5,1% no peso de carcaça final, o que proporcionou lucro 25% maior que na dieta com a inclusão apenas de ionóforo”, cita.

Os indicadores usados para gestão de fazenda dependem do sistema de produção. Para o sistema de cria, o mais comum é kg de bezerro desmamado por vaca exposta. Com esse parâmetro, é possível verificar a eficiência reprodutiva e produtiva da vaca, “pois se existe genética, a vaca produz mais leite, o bezerro mama mais, ganha mais peso e é mais saudável, permitindo, no futuro, ter a mesma produção de bezerros reduzindo o número de vacas ou aumentar a produção de bezerros com o mesmo número de vacas”, frisa. Já para a recria, o indicador mais usual é o ganho médio diário de peso, e na terminação em confinamento, o ganho de carcaça e a eficiência biológica (kg de matéria seca para produzir uma arroba).

“Em situações em que se busca um ganho moderado de peso corporal, o recomendado é a suplementação com proteinado, energético e menor inclusão de concentrado na dieta, para o pasto ser mais consumido pelo animal em momentos de maior oferta”, indica. Por sua vez, para acelerar o ganho de peso, o especialista orienta aumentar a quantidade de suplemento fornecido, possibilitando o uso maior de tecnologia.

Fonte: Alltech