O Brasil celebra um crescimento de 3% nas exportações, totalizando impressionantes US$ 140 bilhões entre janeiro e outubro deste ano. Esse aumento significativo, foi divulgado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, durante um encontro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Em um evento voltado para jornalistas do setor, Perosa destacou não apenas o crescimento financeiro, mas também um incremento em 10% no volume exportado. Esse avanço é atribuído ao baixo preço das commodities em comparação ao ano de 2022 e ao trabalho do Governo Federal e dos produtores rurais, para acesso ao alimento mundo afora.
Um dos pontos destacados foi o setor da soja, que teve um notável acréscimo de quase US$ 5 bilhões, impulsionando ainda mais o desempenho das exportações brasileiras.
Além do crescimento em valores e volume, o Brasil expandiu seus horizontes ao abrir 71 novos mercados até o momento. Entre os destaques estão a Colômbia, para farinha e óleo de peixe, e o Japão, para carnes enlatadas bovina e suína, além de extratos de carne bovina e suína.
Roberto Perosa enfatizou o aspecto estratégico dessa abertura de mercados, especialmente entre as Américas e a Ásia, sinalizando uma retomada do diálogo regional e da geopolítica sul-sul estabelecida pelo presidente Lula.
A retomada das relações comerciais, além de abrir novos mercados internacionais para a venda de produtos do Brasil, também permite a entrada de produtos de outros países em solo brasileiro. “A reciprocidade tem que ser mútua; estamos abrindo mercados para países amigos e que temos relações comerciais para potencializar essa abertura de mercados ao redor do mundo” afirmou o secretário.
Em encontro com a imprensa, secretário de Comércio e Relações Internacionais destaca exportações brasileiras, abertura de mercados, dentre outros assuntos pertinentes.
Durante a coletiva, também foi anunciado a vinda do órgão sanitário chines (GACC) ao Brasil no início de dezembro para visitar 18 plantas frigorificas, dentre elas, três para reconfirmação da habilitação já existente, quatro plantas de aves e 11 de bovinos. O secretário esclareceu que a vistoria não significa a habilitação para exportação, mas há expectativas para a habilitação e que o Mapa aguarda a chegada da comitiva chinesa para as tratativas.
Outros pontos de destaque incluem o papel do Brasil no G20, com a confirmação de que sediará a cúpula no próximo ano. Além disso, o Mapa está organizando encontros voltados para agricultura, pecuária e aquicultura a partir de 2024, visando discutir questões importantes nessas áreas.
COP28 e Plano ABC+
No encontro, também foram apresentadas as temáticas que o Mapa irá levar para COP28 que acontecerá na primeira semana de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Com os temas voltados para a transição energética e sistemas agroalimentares, o secretário destacou que “o Brasil tem muito o que mostrar na questão da transição energética, seja a matriz energética que o país possui, e o agro contribui para isso, com biomassa, biocombustíveis, e temos condição de mostrar isso ao mundo”.
Também evidenciou o Plano ABC+, o maior Plano Safra do país, mais de 440 bilhões de reais direcionados para a agricultura, com destaque para a agricultura de baixo carbono e também o plano de conversão de áreas degradadas em áreas agriculturáveis, que prevê que o Brasil incorpore à sua atividade agrícola cerca de 40 milhões de hectares a um custo de US$3 mil por hectare, dando volume de recursos de 120 bilhões de dólares a serem investidos nos próximos 10 anos.
“Temos debatido esse tema amplamente, vários técnicos da Embrapa, do Banco do Brasil, e isso certamente será o grande mote que vamos apresentar na COP28, inclusive com previsão de fala do presidente Lula sobre esse tema. Temos um decreto presidencial que está para sair, tratando do programa. O decreto foi elaborado pelo Mapa, já está na Casa Civil para publicação, aguardando algum ajuste final para ser publicado o mais breve possível”, afirmou o secretário Perosa sobre o tema a ser debatidos na conferência e o programa de pastagens degradadas.
Destaque Rural com informações do Gov- Mapa