O Rio Grande do Sul está em estado de guerra, mas é um estado de solidariedade. É uma dualidade óbvia, sim, mas é o que vemos e vivemos. Apesar do sentimento de impotência que impera em todas as conversas com as poucas pessoas que estão a salvo das enchentes, existe um movimento gigantesco de ajuda de todos os estados – e até de outros países.
O setor da aviação agrícola não seria diferente. Os empresários do Instituto Brasileiro de Aviação Agrícola (Ibravag) e do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) tiveram a iniciativa de fazer campanhas de doações de recursos financeiros. Até que a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC liberou que aviões agrícolas fossem utilizados para ajuda humanitária aérea.
Já foram carregadas 16,8 toneladas de mantimentos para cidades ao redor da região metropolitana de Porto Alegre.
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Não podemos resgatar pessoas de locais inundados, mas podemos levar mantimentos para quem está isolado. E é isso que estamos fazendo. Desde segunda-feira (06), estamos coordenando operações aéreas junto com a Defesa Civil do RS, respeitando as janelas climáticas. Já foram carregadas 16,8 toneladas de mantimentos para cidades ao redor da região metropolitana de Porto Alegre. Foram 28 voos em 3 dias, completamente voluntários. E não vamos parar de ajudar.
Os pilotos e equipes de solo estão como voluntários, as aeronaves agrícolas foram cedidas pelas empresas, que, inclusive, pagaram pelo combustível dos primeiros voos. Contudo, os custos de etanol para um voo chegam a quase R$1.000,00. Iniciamos uma segunda fase da campanha e pedimos a sua colaboração para continuar operando. Você pode doar, qualquer valor, para o PIX 34.731.138/0001-82.
Quem tem fome, frio, dor, não consegue esperar. Não pode esperar. As cenas de crianças, idosos, recém-nascidos e grávidas, pessoas com doenças graves, animais, esperando resgate são de partir o coração. Nossa Querência Amada, um estado de grande força agropecuária, das parreiras de uva, plantações de arroz, fazendas de gado. Tem vida urbana e tem muita vida no campo.
É por isso que imagens como um cavalo sozinho no telhado de uma casa são angustiantes até para quem já perdeu tudo. O cachorro é o melhor amigo do homem; o cavalo é o melhor amigo do homem gaúcho. E as pessoas… bom, as pessoas são os amigos, os amores, as famílias do homem.
Seguimos ajudando, como podemos e até que isso passe. Mesmo sabendo que os dias difíceis não estão perto do fim. A aviação agrícola está à disposição da população, é hora de unirmos forças! Por isso, doe o que você puder, compartilhe em suas redes sociais, peça às entidades de sua cidade como ajudar. O RS precisa de todos nós.
Opinião
As ideias expressas nesta coluna são exclusivamente do autor e não refletem, necessariamente, a posição do Portal Destaque Rural.
