Agronegócio

Aliada da Rússia, Cuba critica EUA por crise na Ucrânia e faz apelo por diplomacia

A declaração de Cuba veio poucas horas depois que a Rússia concordou em adiar o pagamento da dívida que lhe era devida por Cuba até 2027.

Cuba, um aliado próximo da Rússia, criticou duramente os Estados Unidos por impor “a expansão progressiva da Otan em direção às fronteiras da Federação Russa” e apelou para uma solução diplomática para preservar a paz internacional.

Uma das piores crises na Europa em décadas se desenrolava após o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar o envio de tropas a duas regiões separatistas no leste da Ucrânia depois de reconhecê-las como independentes, provocando a imposição de novas sanções à Rússia por nações ocidentais, incluindo os Estados Unidos.

Em uma declaração no final da terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba disse que os Estados Unidos, o rival de longa data de Havana, tinha aumentado as ameaças contra Putin, agravando a crise. A declaração cubana não mencionava especificamente os avanços russos nas regiões separatistas do leste da Ucrânia.

“O governo americano vem ameaçando a Rússia há semanas e manipulando a comunidade internacional sobre os perigos de uma ‘iminente invasão maciça’ da Ucrânia”, disse a declaração cubana. “Ele forneceu armas e tecnologia militar, enviou tropas para vários países da região, aplicou sanções unilaterais e injustas, e ameaçou com outras represálias”, afirmou.

Cuba, dirigida pelos comunistas há décadas, tem sido aliada da Rússia e da União Soviética antes disso, com estreitos laços econômicos.

A declaração de Cuba veio poucas horas depois que a Rússia concordou em adiar o pagamento da dívida que lhe era devida por Cuba até 2027.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba disse na semana passada que os dois países aprofundariam os laços e explorariam a colaboração nos setores de transporte, energia, indústria e bancos após a visita do vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov.

A declaração cubana de terça-feira pediu por um “diálogo construtivo e respeitoso”, e acrescentou que ele é necessário para resolver a crise da Ucrânia.

“Fazemos um apelo aos Estados Unidos e à Otan para que abordem de forma séria e realista as bem fundamentadas reivindicações de garantias de segurança da Federação Russa, que tem o direito de se defender”, diz a declaração.

“A determinação dos Estados Unidos em impor a expansão progressiva da Otan em direção às fronteiras da Federação Russa constitui uma ameaça à segurança nacional deste país e à paz regional e internacional”, acrescentou.

Fonte: Money Times