Agronegócio

Abelhas-sem-ferrão do Rio Grande do Sul são abordadas em curso de capacitação

O evento ocorreu no Quartel do Comando Ambiental da Brigada Militar, em Porto Alegre, e foi direcionado para policiais ambientais militares e civis, além de técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).

Por solicitação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, um grupo de instituições, entre elas a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), realizou, nesta quarta-feira (4/10), o curso de capacitação “Abelhas-sem-ferrão do RS: reconhecimento de espécies, riscos do trânsito de colônias fora das áreas de ocorrência natural e legislação”. O evento ocorreu no Quartel do Comando Ambiental da Brigada Militar, em Porto Alegre, e foi direcionado para policiais ambientais militares e civis, além de técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).

A pesquisadora e bióloga do DDPA, Sidia Witter, apresentou a palestra “Reconhecimento das espécies de abelhas-sem-ferrão do RS”, que aborda dados da publicação lançada recentemente pelo Departamento. “É um instrumento que facilita o reconhecimento das espécies de abelhas-sem- ferrão do Rio Grande do Sul pelos órgãos fiscalizadores, técnicos, extensionistas, meliponicultores, estudantes e outros atores envolvidos com a atividade da meliponicultura no Estado”, explicou. “A ideia é incentivar a meliponicultura regional e a conservação da biodiversidade”.

Sidia esclareceu que a criação e o manejo de abelhas- sem-ferrão ou meliponíneos, denominada meliponicultura, é uma atividade em expansão. “Além das razões econômicas (principalmente produção de mel, enxames e serviços de polinização), a atividade surge no cenário atual como uma contribuição para a preservação e o uso sustentável dos recursos naturais”, comentou.

“Assim, conhecer a identidade taxonômica de abelhas-sem-ferrão é importante para a conservação das espécies e para o incentivo à meliponicultura regional, além de ser fundamental para viabilizar o trabalho dos órgãos fiscalizadores”, disse Sidia. “Entretanto, a identificação dessas espécies nem sempre é uma tarefa fácil, pois envolve análise microscópica e a necessidade de taxonomistas, que são especialistas em identificação”.

Outras palestras

Outras palestras abordadas foram: “Riscos do trânsito de colônias para fora de suas áreas de ocorrência natural”, ministrada pela CEO da Mais Abelhas Apicultura e Consultoria Ambiental Ltda, Betina Blochtein; “Conhecendo o problema”, pelo professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Rafael Meireles; “Exemplos de impactos do transporte de colônias de abelhas-sem-ferrão para fora de suas áreas de ocorrência natural publicados em artigos científicos”, por  Patrícia Nunes-Silva, que possui um perfil no Instagram – @loucadasabelhas; e “Legislação Federal sobre abelhas-sem-ferrão”, por Carlos Henrique Jung Dias, do Ibama.

Durante a tarde, policiais e técnicos da Sema conheceram na prática as espécies de abelhas-sem-ferrão do RS durante uma visita ao meliponário de Jefferson Radaeski, localizado em Cachoeirinha.

Guia foi publicado recentemente pelo DDPA/Seapi. Foto: Fernando Dias/Seapi

O “Guia de reconhecimento das espécies de abelhas-sem-ferrão” foi impresso pela Seapi com apoio do Ministério Público para ser utilizado como instrumento para facilitar o reconhecimento das espécies de abelhas-sem-ferrão do RS pelos policiais.

Fonte: Seapi