O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou no Diário Oficial da União, na terça-feira (18), a publicação do Ato n.° 32. A notícia traz a liberação de mais 30 produtos formulados de defensivos agrícolas para uso pelos agricultores. Dentre eles, seis são classificados como de baixo impacto, sendo quatro especificamente destinados à agricultura orgânica.
Aposta na agricultura orgânica com a Vespinha Diachasmimorpha longicaudata
Um dos destaques entre os produtos biológicos é a vespinha Diachasmimorpha longicaudata. O produto obteve o primeiro registro no Brasil como “produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica.”
A vespinha é eficaz no controle de diversas espécies de moscas-das-frutas, representando um marco importante para a agricultura nacional.
Nesse sentido, a concessão do registro foi embasada na especificação de referência (ER) n.º 36, desenvolvida em conjunto pelos órgãos competentes – Mapa, Anvisa e Ibama – e com a contribuição da pesquisadora Beatriz Paranhos, da Embrapa Semiárido.
Além de seu uso na agricultura orgânica, a vespinha também pode ser aplicada na fruticultura convencional.
Inovação nos produtos químicos com o fungicida Mefentrifluconazole
Entre os novos defensivos agrícolas registrados, contudo, o destaque vai para o fungicida mefentrifluconazole, que se apresenta como uma novidade no mercado.
O ativo oferece controle eficaz contra um amplo espectro de patógenos em diversas culturas agrícolas. Além disso, possui ação protetora e curativa, agindo em diferentes fases de desenvolvimento de fungos.
O mefentrifluconazole já conta com registro em outros países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia. Dessa maneira, sua eficácia e relevância para o setor agrícola é corroborada.
Preocupação com práticas agrícolas sustentáveis
O registro desses novos produtos eleva para 151 o total de defensivos agrícolas registrados no decorrer deste ano.
Atualmente, 34 defensivos são classificados como de baixo impacto, refletindo uma crescente preocupação e compromisso com práticas agrícolas sustentáveis.
Portanto, a medida busca promover uma agricultura mais responsável e amigável ao meio ambiente.
Defensivos genéricos: maior concorrência e menores custos
Nesta leva, alguns dos produtos registrados utilizam ingredientes ativos já previamente aprovados no país, configurando-se como defensivos agrícolas genéricos.
Portanto, a iniciativa é de extrema importância para reduzir a concentração do mercado, fomentando a concorrência e resultando em um comércio mais justo e com menores custos de produção para o setor agrícola brasileiro.
Fonte: Mapa