A semeadura do trigo está na reta final no Paraná, chegando a 91% da área total estimada para o estado, conforme com o relatório divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Departamento de Economia Rural (Deral). O estado estima plantar mais de 1,1 milhão de hectares nesta safra. Nas regiões Sul e Sudoeste, a área plantada pode superar a estimativa inicial do Deral, considerando a valorização das cotações do grão e aumento na procura de sementes.
As condições de lavoura são consideradas boas em 79% das áreas, porém 17% estão em condições medianas e 4% ruins. O Paraná vem enfrentando períodos de estiagem e temperaturas acima da média.
No Norte do Paraná não chove há 20 dias, o que reduz o potencial produtivo da cultura. “Parte das áreas que já havia sido prejudicada pelo tempo seco no início do desenvolvimento agora está novamente sofrendo com a estiagem, o que está reduzindo ainda mais o potencial produtivo da cultura”, aponta o Deral no relatório de Condições de Tempo e Cultivo. A maior parte das áreas está em perfilhamento e algumas estão entrando em fase de floração.
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No Noroeste, apesar do tempo seco ser comum nesta época, as temperaturas estão acima da média. As áreas cultivadas ainda apresentam bom desenvolvimento vegetativo, mas produtores já se preocupam com a quebra de produção e o aumento dos custos.
A estiagem e as altas temperaturas também são uma preocupação no Oeste e Centro-Oeste do Paraná, onde o plantio das culturas de inverno está praticamente concluído. Na região, o trigo está em fase de desenvolvimento vegetativo. “A pressão de lagartas diminuiu nas lavouras devido ao controle e às mudanças climáticas. Por outro lado, está começando o surgimento de pulgões. Os produtores estão iniciando a aplicação preventiva de fungicidas”, relata o documento.
No Sudoeste, as lavouras que foram implantadas nos últimos 15 dias apresentaram problemas de germinação, porém precipitações nos últimos dias aliviaram os produtores. O Deral afirma que a área plantada deve ser superior à estimativa inicial.
A falta de chuvas está atrasando a semeadura no Sul do Paraná e pode implicar no replantio em algumas lavouras. “O longo período de sol também gerou forte pressão de lagarta rosca e pulgão, e alguns produtores tiveram que fazer três aplicações de químicos para debelar os ataques”, aponta o Deral. A procura por sementes na região também aumentou e a área deverá ser revista.
Produção
A expectativa de colheita no Paraná é de 3,8 milhões de toneladas, segundo a Previsão Subjetiva de Safra divulgada no final de maio. Isso representa 4% a mais que as 3,6 milhões de toneladas da safra 2022/23, que contava com uma área 21% maior, de 1,4 milhão de hectares.
Com informações do Deral
BASF
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