A colheita do milho ainda não alcança o índice de 1% no Paraná. Ela já iniciou em algumas regiões e chega a 4% em Ponta Grossa, no entanto a maior parte do estado ainda não começou a operação. “A colheita está de forma muito incipiente ainda, nós temos bem poucas regiões que estão começando a colher. A colheita no estado realmente se desenvolve a partir do mês de junho e o pico de colheita no Paraná, na questão de milho, é entre o mês de julho e o mês de agosto”, informa o chefe Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido.
As condições das lavouras novamente apresentaram leve piora, conforme o relatório Plantio e Colheita, divulgado hoje (07) pelo Deral. Ao todo, 80% das áreas estão em boas condições, 17% médias e 3% ruins. Além disso, as lavouras em fase de maturação agora são 26%, essas áreas apresentam menor risco de perdas, conforme o Deral. Desta forma, 74% da área está suscetível a um impacto maior em decorrência do clima, conforme o Boletim Conjuntural de quinta-feira (09).
A expectativa para o resultado desta safra ainda é positiva, especialmente considerando as perdas do ano passado e da primeira safra. “O setor agro todo do Paraná está com expectativa muito grande com relação ao volume a ser colhido. Num primeiro momento, nós temos uma expectativa ainda muito grande para a safra de milho”, disse Garrido na live Destaque em Pauta da última terça-feira (31).
Trigo
A área semeada com trigo avançou pouco na última semana, passando de 61% para 65% dos mais de 1,7 milhão de hectares estimados para esta safra. Até o momento, 97% das áreas estão em boas condições, sendo que as demais estão em condições médias. O estado projeta colher 3,9 milhões de toneladas, uma produção “que se for cheia será muito bem-vinda por todo setor da indústria e setor agropecuário do Paraná”, segundo Garrido.
Apesar disso, o estado apresenta uma redução de 4% na área de trigo em relação ao ano passado, especialmente pela competição com o milho nas áreas do estado onde é possível plantar as duas culturas. “Nessas regiões, a maior parte dos produtores optou por plantar milho porque vinha com cotações melhores e o produtor, pensando em rentabilidade, em dar uma amenizada nos seus custos, em uma boa parte do estado optou por plantar o milho em detrimento do trigo”, explica Garrido.