Com o foco nas atividades iniciais de colheita, o mercado brasileiro de soja experimentou uma semana de comercialização com ritmo moderado e variações de preços pouco significativas, apresentando uma discreta melhora. Os participantes do mercado estão conduzindo negociações de maneira pontual, aproveitando as ocasionais flutuações do dólar ou de Chicago. Os prêmios enfraqueceram devido à oferta mais elevada.
Na região de Passo Fundo-RS, o preço da saca de 60 quilos registrou um aumento de R$ 122,00 para R$ 124,00 ao longo da semana. Já em Cascavel-PR, a cotação subiu de R$ 110,00 para R$ 111,00. Por outro lado, em Rondonópolis-MT, o preço recuou de R$ 109,00 para R$ 104,00.
No Porto de Paranaguá, o preço passou de R$ 121,00 para R$ 122,00. A semana foi caracterizada por uma queda consistente nos prêmios de exportação, permanecendo no terreno negativo, devido à entrada da safra brasileira e à demanda fraca por parte dos compradores chineses.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março, os mais negociados, apresentaram um aumento acumulado de 0,72% até a manhã de sexta-feira, alcançando a marca de US$ 12,22 por bushel. Essa valorização é resultado de um movimento de recuperação técnica no início da semana.
No cenário internacional, o contexto fundamental exerce influência. Apesar de contratempos climáticos na safra brasileira, a expectativa é de uma produção em torno de 150 milhões de toneladas. Na Argentina, a safra deverá ultrapassar 50 milhões de toneladas, contribuindo com mais 30 milhões de toneladas para a oferta da América do Sul, após a quebra no ano anterior. Paraguai e Uruguai também apresentam um bom desenvolvimento.
No câmbio, o dólar americano permaneceu acima de R$ 4,90 e, em alguns momentos da semana, se aproximou dos R$ 5,00. Até o momento, tem sido um fator de suporte aos preços domésticos. O dólar recuou 0,1% na semana, alcançando R$ 4,9223. O início do ano tem sido marcado pela saída de dólares e pela incerteza em relação à política monetária americana. A maior aversão ao risco no mercado global favorece a valorização da moeda.
As informações são de safras e mercados.