Agricultura

Organização, segurança e perfil do solo são estratégias na gestão da propriedade

A estiagem ressalta a importância de alguns cuidados que podem ser adotados por produtores rurais no gerenciamento das suas propriedades.

Com a colheita da safra de verão 2021/22 se encerrando e o início dos cultivos de inverno, o agricultor também já tem em mente o planejamento da próxima safra de verão 2022/23. Contudo, após enfrentar uma estiagem tão severa, existem pontos importantes que o produtor precisa cuidar na sua gestão para estar preparado ao enfrentar possíveis dificuldades climáticas nos próximos cultivos.

“Nós temos essa questão da estiagem, que é recorrente para nós no Rio Grande do Sul. […] Na minha visão um ano como esse é um ano muito duro para o produtor rural; mas também um ano de muito aprendizado”, afirma o diretor da SuperAgro, Felipe Hunhoff.

Portanto, organização, segurança e cuidado técnico são pontos de atenção na hora de fazer a gestão da propriedade. “Do ponto de vista de gestão o produtor precisa estar muito preocupado com a documentação das suas áreas e precisa estar muito organizado. E essa organização […] é você ter na palma da sua mão, seja via agenda ou via softwares, uma organização bem feita. Isso é necessário”, ressalta Hunhoff.

Também é necessário proteger a lavoura de possíveis intempéries. “Do ponto de vista de segurança da propriedade o produtor precisa buscar da parte da política de seguros agrícolas ou até mesmo de Proagro, ter uma área realmente assegurada da sua propriedade; que atenda em um ano que você pode ter perdas inclusive por granizo ou por outros eventos; mas que você consiga ter a porcentagem da sua área que garanta prosperidade no negócio”, frisa o diretor.

“Cada produtor tem que olhar para sua propriedade, para a sua gestão, para o seu caixa e entender o que que eu preciso trazer de segurança? O que que eu preciso me blindar para que eu saia de um ano no ano difícil como esse e tenha prosperidade no negócio? E consiga ainda avançar ao longo dos anos e prosperar na atividade?”

Felipe Hunhoff

Do ponto de vista técnico, o produtor precisa muito buscar alternativas que realmente minimizem riscos. “Temos que ter um equilíbrio químico do solo, não podemos ter alumínio, temos que ter nutrientes em profundidade, em quantidades que atendam um perfil de enraizamento; fazer essa raiz descer e buscar água em profundidade. Temos que ter uma estrutura física do solo muito favorável, sem compactação. Assim, […] em uma estiagem de 15 a 20 dias a gente não tem perda”, explica.

E do ponto de vista químico, físico, biológico e de cobertura do solo, a rotação de culturas também é uma medida de grande valia em períodos de estresse hídrico. “Diferentes culturas, diferentes raízes, diferentes demandas e diferentes sistemas radiculares auxiliam esse solo a promover a maior diversidade”, salienta Hunhoff.

Dessa forma, o produtor deve “juntar ações que promovam um perfil de solo e que se traduza em um perfil de enraizamento, porque tendo uma raiz profunda para buscar água auxilia a cultura a suportar períodos de estiagem com maior tranquilidade […] em um ano que é comum nós termos 10, 15, 20 dias estiagem se consiga passar sem perda de produtividade”, finaliza.

Patrocínio: BASF