A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária, desencadeou a operação Ronda Agro, com o propósito de cumprir oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Londrina/PR.
A investigação foca em um grupo familiar que formalmente estabeleceu quatro empresas em Arapongas/PR, dedicadas à fabricação e comercialização de suplementos minerais e produtos terapêuticos destinados à alimentação de animais, especialmente bovinos, equinos e ovinos. No entanto, essas empresas não estão devidamente registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária, não cumprindo os requisitos essenciais para garantir a segurança alimentar no processo de fabricação dos produtos, o que representa um risco à saúde tanto dos animais quanto dos seres humanos.
Para simular a legalidade da produção, o grupo falsificava os Selos de Inspeção Federal (SIF) e comercializava os produtos, predominantemente através da Internet, diretamente para os produtores rurais. Algumas dessas empresas têm formalmente sua sede em endereços residenciais, levantando suspeitas de serem empresas de fachada. Além disso, há indícios de que os insumos utilizados na fabricação dos produtos sejam de origem estrangeira, importados clandestinamente.
Os envolvidos podem ser responsabilizados, em tese, pelos crimes de falsificação ou adulteração de produtos alimentícios ou medicinais e de falsificação de selo ou sinal público. As penas máximas desses crimes, somadas, podem atingir até 29 anos de prisão.