O ciclo de palestras da Abertura Oficial da Colheita do Arroz foi aberto pelo engenheiro agrônomo e doutor em Administração, Xico Graziano. Com o tema “A Demanda Alimentar e o Arroz do Futuro”, o painel ocorreu nesta quarta-feira (16) de fevereiro.
As tendências e exigências do mercado foram o foco da apresentação, assim como a influência desses fatores na produção de arroz brasileira. O especialista destacou a sustentabilidade, incluindo a agricultura de baixo carbono, e o alimento saudável.
“Muita gente do agro resiste ainda a adotar os preceitos ambientais que são exigidos internacionalmente”, observa Graziano. Apesar de considerar a legislação brasileira muito rigorosa, ele ressalta que ela deve ser seguida. “Nós temos que cumpri-la. Se nós não fizermos isso, vamos começar a enfrentar barreiras no comércio dos nossos produtos, não só barreiras nas exportações, mas barreiras internas também”, destacou em entrevista ao Portal Destaque Rural.
Ele ainda faz um alerta sobre a necessidade de seguir a tendência internacional e se adaptar. “Daqui a pouco nós vamos ter que calcular quanto emitimos de CO2 para produzir uma tonelada ou uma saca de arroz. […] O mundo inteiro está se preparando para isso, então está na hora de nós nos prepararmos também, temos que nos antecipar”, afirmou Graziano.
Apesar de considerar um desafio cumprir o código florestal, ele faz uma recomendação: “a gente não pode trombar com a lei, nós temos que nos adaptar à legislação e fazer nossa lição de casa ambiental”.
Participaram também do painel o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, o presidente do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Rodrigo Machado, e o chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso.