Milho

USDA prevê diminuição da área de milho no Brasil

Devido aos altos custos de produção e a baixa dos preços a USDA espera uma redução da área de milho no Brasil. Entre as causas apontadas está o fenômeno do El Niño, que também impactou negativamente o trigo, uma baixa de 10.2 milhões de toneladas métricas. 

Na direção contrária segue o arroz, que teve um aumento de 2% na área em relação ao ano anterior.

Evolução da produção e área plantada de milho no Brasil.

Segundo os dados da USDA, o Brasil teve uma colheita recorde de milho na safra 2022/23, mesmo assim a área de milho diminuiu este ano, dos 22.8 milhões de hectares, para 22 milhões de hectares. A expectativa é que os lucros não ultrapassem os custos de produção, desencorajando os agricultores a seguirem na área.

Preços do milho no Brasil segundo ESALQ/BM E FBOVESPA

Análise por estados:

Minas Gerais: O estado é responsável por 19% da produção nacional e teve um declínio da área semeada devido aos altos custos de produção.

Rio Grande do Sul: O estado já tinha semeado 55% de um total de 817.5 mil hectares em outubro. Entretanto as regiões sul, central e nordeste registraram um atraso devido às fortes chuvas que atingiram a região e há possibilidade de alguns agricultores substituírem o milho pela soja.

Paraná: O estado tem estimativa de plantar 314.4 hectares com uma produção de 3.1 milhões de toneladas métricas.

Santa Catarina: O estado espera uma boa safra, mesmo com a incidência de casos de cigarrinha-do-milho no estado.

Goiás: O maior produtor do centro-oeste também espera uma baixa na produção, também devido aos altos custos de manutenção das lavouras e atrasos no plantio devido às condições climáticas. Entretanto a produção esperada é de 1.6 milhões de toneladas métricas.

Depois dos altos preços em 2022, devido às mudanças climáticas, efeitos da covid e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, os valores estão em baixa em 2023. O saco 60kg que era vendido a  R$104 no porto de Paranaguá em Março de 2022 está cotado a  R$58 em outubro, uma desvalorização de  44%. O custo de produção é alto, já que depende de importação de sementes e implementos, que podem ter variações de preços devido às cotações do dólar e do real.
Fonte: USDA.