Milho

Soja e milho: preços seguem acumulando quedas no mercado brasileiro

Os preços da soja e do milho seguem acumulando quedas no mercado brasileiro.

Os preços da soja caíram no Brasil nos últimos dias, pressionados pela desvalorização do dólar frente ao Real, de 1,7% entre 25 de março e 1º de abril – considerando-se a média mensal, a queda da moeda norte-americana foi de 4,4% de fevereiro para março, a R$ 4,97 no último mês, a menor nominal em dois anos.

As cotações domésticas também foram influenciadas por estimativas do USDA indicando aumento da área de soja nos Estados Unidos na safra 22/23. O Departamento estima que a semeadura norte-americana some 91 milhões de acres (36,8264 milhões de hectares), ou seja, um recorde.

Além disso, o avanço da colheita da safra 21/22 na América do Sul também pesou sobre os valores internos da oleaginosa, mesmo que o volume total a ser produzido seja bem menor que o da temporada anterior.

Preços

Assim, entre 25 de março e 1º de abril, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná cederam significativos 7,6% e 5,6%; com respectivos fechamentos de R$ 178,54 e de R$ 178,94/saca de 60 kg na sexta-feira (1).

Ainda assim, de fevereiro para março, a média do Indicador Paranaguá subiu 2,3%; a R$ 199,60/sc de 60 kg, a segunda maior da história, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/22), abaixo apenas da de novembro/20. Contudo, o Indicador Paraná avançou 2,2% de fevereiro para março, a R$ 195,85/sc de 60 kg, o maior desde novembro/20, em termos reais.

Milho: indicador encerra março em queda

Os preços do grão seguem acumulando quedas no mercado brasileiro. No geral, o movimento de baixa esteve mais intenso no início da última semana; quando vendedores, com necessidade de “fazer caixa”, estavam mais flexíveis nos valores de negociação. Já a partir da quarta-feira (30), muitos produtores se afastaram do spot nacional, reduzindo o ritmo de desvalorização do cereal.

Do lado comprador, boa parte já havia aproveitado os menores preços no começo da semana e recomposto os estoques e, nesses últimos dias, também reduziram as aquisições. Nesse cenário, a liquidez esteve menor. Entre 25 de março e 1º de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) caiu fortes 5,1%, fechando a R$ 92,04/saca de 60 kg na sexta-feira, 1º. Já a média mensal do Indicador foi de R$ 99,69/sc em março, alta de 3% sobre a de fevereiro.

Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)