No Paraná, a semeadura de milho atingiu 93% da área estimada, equivalente a 372 dos 400 mil hectares para o ciclo 22/23. Ao todo, 85% das lavouras apresentam boas condições, 14% tem condições medianas e 1% está em estado ruim. A maior parte das áreas se encontra em desenvolvimento vegetativo, conforme indicou o Relatório Semanal do Departamento de Economia Rural (Deral) do estado.
O assessor técnico da Associação Brasileira de Produtores de Milho – ABRAMILHO, Daniel Rosa, afirmou que a operação de semeadura não apresenta grandes problemas. Contudo, “o excesso de precipitações em algumas regiões provocou erosão do solo, gerando um atraso no plantio, em relação à safra passada. Além disso, a baixa luminosidade e temperatura são fatores que têm prejudicado a emergência e o desenvolvimento de uma parcela desta cultura”, destacou.
A estimativa para esta safra paranaense é de 9,7 mil kg/ha de produtividade e 3,8 milhões de toneladas de produção.
Mercado
O cenário do mercado interno e externo deve trazer resultados positivos para o milho 22/23. A perspectiva é de uma demanda interna de 81 milhões de toneladas e alta nas exportações. A comercialização externa deverá ser impulsionada pela situação de conflito na Ucrânia e pela seca na União Europeia e na China. Rosa salienta que “ainda é cedo para precisar o volume que o Brasil irá exportar para a China nos próximos anos. Porém, acredita-se que os chineses demandarão cerca de 18 milhões de toneladas, em nível mundial, em 2023”, finalizou.
No último boletim do Deral, em 10 de novembro, a saca do cereal foi cotada a R$ 76,66.
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