Com a colheita de milho avançando em todas as regiões produtoras de segunda safra em julho e as estimativas oficiais indicando oferta brasileira recorde na temporada 2021/22, os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro, chegando a registrar os menores patamares do ano.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), apresentou média mensal de R$ 82,51/saca de 60 kg na parcial de julho (até o dia 15), recuo de 3,7% na comparação com a de junho, a menor do ano e também a mais baixa desde dezembro de 2019, em termos nominais. No acumulado do mês (de 30 de junho a 15 de julho), a baixa é de 1,3%.
As médias da parcial do mês também são as mais baixas do ano em Sorriso (MT), Norte do Paraná, Dourados (MS) e Rio Verde (GO). No agregado das praças acompanhadas pelo Cepea, a média também recuou entre junho e a parcial de julho, com quedas de 2,4% e 2,9% nos mercados de balcão e disponível, respectivamente.
Nesse contexto, compradores seguem atentos ao ritmo da colheita, que, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), totalizou 40% da área nacional até 9 de julho. Esse cenário tem feito com que vendedores apresentem maior flexibilidade em negociar. Quanto à produção brasileira, deve somar 115,66 milhões de toneladas, 33% acima da oferta de 2020/21 e um recorde.