Em 2024, observamos uma perda significativa e inédita na produção de grãos no Mato Grosso, com algumas perdas regionais no Centro-Oeste e no Paraná, totalizando cerca de 13 milhões de toneladas. Essas perdas, embora expressivas, são até o momento menores em comparação com o ano de 2023, quando consideramos o panorama da América do Sul como um todo.
A pressão exercida para que os produtores não vendam soja começa a impactar o mercado de milho. Os volumes remanescentes da safra anterior, ainda presentes nos estoques, estão sendo mais ativamente ofertados no mercado interno, sem uma liquidez expressiva nas exportações e sem novas vendas. Assim, os embarques de milho em janeiro estão programados para atingir 3,945 milhões de toneladas, com um volume já realizado próximo de 2 milhões de toneladas.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 65,00 na quinta-feira (18), uma queda em relação aos R$ 70,24 registrados na semana anterior. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, reduziu de R$ 65,00 para R$ 60,00. Em Campinas/CIF, a cotação retrocedeu ao longo da semana, passando de R$ 80,00 para R$ 71,00. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 72,00, comparado aos R$ 75,00 da semana passada.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca recuou de R$ 55,00 para R$ 53,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço baixou de R$ 70,00 para R$ 63,00 na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda caiu de R$ 76,00 para R$ 70,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda diminuiu de R$ 65,00 para R$ 60,00.
Exportações
As exportações de milho do Brasil geraram receita de US$ 630,272 milhões em janeiro (9 dias úteis), com média diária de US$ 70,030 milhões. A quantidade total exportada atingiu 2,7 milhões de toneladas, com média de 300,059 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 233,40.
Comparado a janeiro de 2023, houve uma diminuição de 12,6% no valor médio diário da exportação, um aumento de 7,6% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 18,8% no preço médio. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.