Os preços do milho atingiram patamares recordes no mercado brasileiro ao longo de 2021. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio dos baixos estoques da safra 2019/20 e, sobretudo, de preocupações com os efeitos do clima na semeadura e no desenvolvimento da safra 2020/21.
Além disso, uma parte relevante da semeadura da segunda safra foi concluída fora da janela considerada ideal. Esse contexto, indicam pesquisadores do Cepea, elevou a perspectiva de menor oferta no segundo semestre, sustentando o movimento de alta das cotações. No meio do ano, a proximidade da colheita pressionou os valores, que voltaram a subir já no início do segundo semestre, influenciados por geadas no Centro-Sul do País. Atentos a esse cenário, vendedores se afastaram do spot nacional.
Entre setembro e novembro, houve novas desvalorizações, devido à retração de compradores, ao avanço da colheita da segunda safra, à redução das exportações e à semeadura da temporada de verão 2021/22 em condições favoráveis. Mas em dezembro, os preços subiram novamente, favorecidos pela disponibilidade enxuta e pelo clima seco, que afastaram vendedores do spot. No acumulado do ano (até o dia 22 de dezembro), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa avançou fortes 12,8%, a R$ 88,69/sc no dia 22.