Milho

MetSul confirma agravamento da estiagem e quebra no milho

A estiagem vai se agravar no Rio Grande do Sul neste fim de ano, de acordo com alerta da MetSul Meteorologia. Pelo terceiro ano consecutivo, a situação ocorre devido ao fenômeno La Niña. A maior parte do estado já vem de um mês de novembro com chuvas abaixo da média e começa dezembro na mesma condição. A cultura do milho, mais sensível a essas condições, já sofre perdas em decorrência do clima.

“A falta de chuva nas últimas semanas foi maior nas Metades Oeste e Sul com o agravante que o Oeste foi a região que mais sofreu com a forte onda de calor da primeira quinzena de dezembro que trouxe temperatura acima de 40ºC em alguns locais”, aponta a meteorologista Estael Sias. Os índices de chuva acumulados durante os primeiros 15 dias de dezembro não excederam 10 mm ou 15 mm em muitas cidades do Oeste e no Sul, situação agravada pela perda de umidade acelerada.

Mesmo em regiões onde choveu mais na primeira metade de dezembro, como os Vales e a Serra, a precipitação não foi homogênea e muitas localidades terminaram a primeira metade deste mês com um crescente déficit hídrico.

Previsão de pouca chuva e calor

No curto prazo, a previsão de chuvas no estado é considerada “muito ruim”, com prognóstico de pouca chuva nos próximos dez dias na maioria das cidades gaúchas, incluindo cidades com quase nada ou nada de chuva até o Natal.

Além disso, haverá elevada temperatura na Metade Oeste, justamente a mais castigada pela seca, com calor todos os dias até o Natal e temperaturas ao redor dos 40ºC em alguns municípios. “Sob este cenário de chuva escassa e alta temperatura em parte do Rio Grande do Sul, haverá uma perda de umidade acelerada do solo com um inevitável agravamento da estiagem. A situação, especialmente para a cultura de milho, deve se tornar crítica em algumas localidades, sobretudo do Oeste, do Centro e do Noroeste gaúcho”, alerta Estael.

Milho

Para o milho as notícias são devastadoras. “A safra de milho no Rio Grande do Sul vai quebrar pelo terceiro ano seguido”, confirma a meteorologista. A falta de chuva e o calor dos próximos dez dias deve piorar o cenário e agravar as perdas. Uma redução de 7% na produtividade já é calculada pela Emater/RS-Ascar, de acordo com levantamento da semana anterior. Desde então, as condições climáticas não atenuaram o déficit hídrico que a cultura enfrenta.

As regiões mais atingidas são a de Bagé, com perdas estimadas em 25%; de Santa Rosa, aproximadamente 15%; e Frederico Westphalen e Ijuí, que se aproximam de 10%. De acordo com o Informativo Conjuntural desta quinta-feira (15), as demais regiões ainda não contabilizam perdas.

Com informações da MetSul