A produção de milho na segunda safra em Mato Grosso do Sul deve apresentar uma redução de 14%, conforme a estimativa da Aprosoja/MS. A projeção indica um total de 11,485 milhões de toneladas, distribuídas em 2,218 milhões de hectares, representando uma queda de 6%. A produtividade está estimada em 86,3 sacas por hectare, registrando uma retração de 19,23% em comparação com a safra anterior.
O presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, destaca que um possível atraso na finalização do ciclo da soja pode resultar em uma redução na janela de plantio do milho. No entanto, mesmo diante dessa situação, a orientação técnica é para que os produtores evitem plantios tardios, visando mitigar as perdas de produtividade decorrentes de fatores climáticos e da incidência de insetos-praga, como a cigarrinha.
Conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o período de plantio do cereal se estende até o dia 31 de março. Em Mato Grosso do Sul, com base no histórico de condições ambientais, o departamento técnico da Aprosoja/MS destaca que a melhor janela para o plantio concentra-se entre os dias 13 de janeiro e 10 de março, período no qual ocorre a implantação de aproximadamente 70% das áreas.
Até o momento, o plantio do milho avançou 1,8 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano anterior, cobrindo cerca de 40 mil hectares, o que representa aproximadamente 2% da área total estimada. A região central apresenta o plantio mais avançado, com uma média de 2,3%, enquanto as regiões sul e norte registram uma média de 1,7% cada.
O mercado brasileiro de milho registrou quedas nas cotações ao longo desta semana, com os valores gradualmente cedendo devido à presença de volumes expressivos em diversas regiões e à hesitação por parte dos consumidores.
Segundo o Safras e Mercado, no resumo semanal, entre os dias 18 e 25 de janeiro, no mercado disponível ao produtor, observou-se uma redução nos preços do milho em diferentes localidades do país. Em Cascavel, Paraná, o preço recuou de R$ 60,00 para R$ 59,00 a saca, representando uma queda de 1,7%. Em Campinas/CIF, houve uma diminuição na base de venda de R$ 70,00 para R$ 68,00 a saca, resultando em uma perda de 2,8%. Na região Mogiana paulista, o cereal teve uma redução comparativa de R$ 68,00 para R$ 65,00 a saca, registrando uma queda de 4,4%.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação diminuiu de R$ 50,00 para R$ 45,00 a saca, representando uma queda de 1%. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal passou de R$ 62,00 para R$ 61,00, resultando em um recuo de 1,6%.
Na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, o preço de venda na semana teve uma baixa de R$ 68,00 para R$ 65,00, representando uma queda de 4,4%. Enquanto em Rio Verde, Goiás, o preço de venda manteve-se estável em R$ 60,00.
Este cenário reflete a dinâmica do mercado, onde a oferta significativa e a relutância dos consumidores contribuíram para as variações nos preços do milho ao longo da semana.