Milho

Colheita do milho chega a 60% e quebra é estimada em 53%

A colheita da cultura mais afetada pela estiagem no Rio Grande do Sul já chega a 60% dos cultivos. Conforme o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), os resultados obtidos consolidam a perda de produtividade do milho. A expectativa é de redução de 53% em relação ao estimado inicialmente.

O Rio Grande do Sul registrou chuvas significativas entre 21 e 25 de fevereiro, que ajudaram as lavouras de milho que estão em desenvolvimento vegetativo (4%), em floração (4%) e enchimento de grãos (15%). No entanto, elas são muito tardias para as áreas em maturação, devido ao avançado estado fisiológico.

Na região de Frederico Westphalen, 4% das lavoras de milho estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 1% em floração, 1% em enchimento de grãos, 8% em maturação e 86% foram colhidas. As lavouras colhidas confirmam perdas que ultrapassam 60% na produtividade. Na de Soledade, foi colhido 55% da produção. As lavouras com implantação tardia em sucessão a tabaco, feijão e milho safra silagem apresentam bom desenvolvimento em função da recorrência de chuvas nas últimas semanas. Nessas lavouras foi finalizado o controle de plantas invasoras em pós-emergência e foram realizadas adubações em cobertura.

Milho silagem

As precipitações também beneficiaram lavouras entre as fases de desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos, que representam 21% do cultivo. A colheita ultrapassou 70% da área implantada e a redução de produtividade aproxima-se de 55%, com a produção de pouco mais de 16 mil kg/ha de massa verde a ser ensilada.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na região da Campanha, produtores continuaram utilizando parte das lavouras destinadas à produção de silagem para fornecimento direto aos animais, especialmente bovinos de leite. A ensilagem das lavouras está concluída apenas em Caçapava do Sul. Os principais municípios com cultivo do milho para silagem são Aceguá e Hulha Negra e o corte ainda está restrito às primeiras lavouras implantadas em outubro. Alguns produtores pretendem utilizar parte da produção para comercialização, com expectativa de grande demanda, devido à estiagem e pelo aumento de preços, acompanhando proporcionalmente os dos insumos. Na Fronteira Oeste, a colheita alcançou 55% da área cultivada, 10% está em maturação e 27% em enchimento dos grãos.

Fonte: Emater/RS-Ascar