Segundo o Imea, em dezembro de 2023 a comercialização de milho da safra 22/23 alcançou 85,56% do total da produção, alta de 2,89 p.p. ante nov/23. Apesar do avanço, as negociações seguem atrasadas ante a média dos últimos cinco anos e do ciclo anterior, em 10,80 p.p. e 5,50 p.p., respectivamente. Já o preço médio negociado valorizou 7,97% em dezembro de 2023 ante novembro de 2023, e ficou cotado na média de R$ 39,32 saca. Na safra 23/24, as negociações seguem avançando em ritmo ainda mais lento que na safra 22/23, devido às incertezas do produtor em relação à safra, principalmente, no que se refere à rentabilidade da cultura. Sendo assim, o percentual até dezembro de 2023 ficou em 17,58%, avanço mensal de 1,13 p.p. ante novembro de 2023, mas com atraso de 5,48 p.p. ante o mesmo período da safra 22/23. Em relação ao preço médio negociado, em dezembro de 2023 fechou em R$ 35,53 saca, com alta de 1,43% ante o mês anterior.
Conforme o Projeto ACAPA-MT, o custo de produção do milho alta tecnologia da safra 23/24 em MT foi consolidado. Desse modo, o custeio fechou em R$ 3.284,44/hectares, retração de 1,10% ante a temporada 22/23. Quando comparado com a safra 22/23, o custo com fertilizantes e corretivos reduziram 16,40%, o que refletiu na diminuição do custeio. Já no que se refere ao Custo Operacional Efetivo (COE), o indicador ficou em R$ 4.480,01 hectares, aumento de 1,34% quando comparado com o mesmo período do ano passado, impulsionado, principalmente, pelo aumento nas despesas com defensivos e sementes. Sendo assim, o Custo Total (CT) com a produção do cereal na safra 23/24 fechou em R$ 5.869,12 hectares, incremento de 4,60% em relação à safra passada. Dessa forma, considerando o COE e a produtividade de 103,84 hectares, é necessário que o produtor modal negocie seu cereal a pelo menos R$ 43,14 sacas ou atinja uma produtividade de 121,37 sacas por hectare para conseguir cobrir as suas despesas.