Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área destinada ao cultivo de milho no estado permaneceu estável, mantendo-se projetada em 7,02 milhões de hectares. Essa estabilidade é resultado do adiantamento do plantio do cereal na safra 2023/24, o que pode favorecer a concentração de mais áreas dentro da “janela” considerada ideal no estado, incentivando os produtores a manter a projeção de área indicada no relatório anterior.
Apesar desse cenário, a área destinada ao milho na temporada 2023/24 apresenta uma redução de 6,27% em relação à safra anterior (2022/23), motivada pela desmotivação dos produtores, principalmente devido à desvalorização no preço de comercialização. Com uma área estimada em 7,02 milhões de hectares e uma produtividade média de 103,84 sacas/hectare, a produção para o ciclo é estimada em 43,75 milhões de toneladas.
É importante ressaltar que as projeções de área e rendimento ainda estão sujeitas a alterações, uma vez que diversos fatores podem influenciar nos números finais, tais como condições climáticas, avanço da colheita da soja e variações no preço do milho no estado.
No que diz respeito à demanda, o Instituto manteve as projeções do relatório anterior. Assim, a demanda de milho para a temporada 2022/23 foi de 50,98 milhões de toneladas, representando um aumento de 16,71% em relação ao ciclo 2021/22. Já para a safra 2023/24, a estimativa é de 45,14 milhões de toneladas, uma redução de 11,46% em comparação com a temporada anterior (2022/23).
As exportações brasileiras de milho em 2023 atingiram a marca de 55,86 milhões de toneladas, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), representando um aumento de 29,42% em relação ao observado em 2022. Mato Grosso, como o principal produtor do país, contribuiu com 52,15% do total de envios brasileiros para o mercado internacional.
Para contextualizar, o estado de Mato Grosso exportou 29,13 milhões de toneladas, registrando um aumento significativo de 18,60% nas exportações de 2023 em comparação ao ano anterior. Esse crescimento nas exportações foi viabilizado pela abertura de novos mercados, destacando-se a China, e também pela entrada da maior produção da safra 22/23 no segundo semestre do ano.
No que diz respeito aos países importadores, a China liderou como o principal consumidor do milho mato-grossense, adquirindo 8,02 milhões de toneladas, seguida pelo Vietnã, com 2,21 milhões de toneladas, e o Japão, com 2,07 milhões de toneladas. Por fim, com base nos relatórios semanais da Secex, é esperado que as exportações em janeiro de 2024 mantenham-se aquecidas.