Segundo boletim anual divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, Imea, 2023 foi marcado por uma safra recorde, da temporada 2022/23. A área total plantada no Mato Grosso foi de 12,13 milhões de hectares e a produtividade ficou em 62,30 sacas por hectare, o que representa 45,32 milhões de toneladas colhidas, aumento de 10,97% ante a safra de 2021/22. Entretanto, com a maior oferta do produto, os preços sofreram uma redução de 9,48%, uma média anual de R$ 136,01 por saca. Por outro lado as exportações subiram bastante, até novembro de 2023, o acumulado foi de 27,76 milhões de toneladas exportadas.
Quanto às expectativas para a safra 2023/24, o Imea projeta uma safra menor, devido a falta de chuvas na região e a necessidade de replantio de 5,81% da área prevista.
O Imea projeta que a área fique em 12,13 milhões de hectares, já em relação a produtividade é esperado que o rendimento médio fique em 57,87 sacas por hectare, sendo assim, é estimado queda de 7,04% na produção, estimado em 42,13 milhões de toneladas. Os contratos futuros representam apenas 33,96% da área semeada.
Com relação a safra de milho o Imea estima que a área semeada no ciclo 2022/23 tenha sido de 7,49 milhões de hectares, um incremento de 4,83% ante o ciclo 2021/22. A produtividade média das lavouras ficou em 116,80 sacas por hectare, acréscimo de 14,25% em relação à safra passada. A produção do milho totalizou 52,50 milhões de toneladas, elevação de 19,77% em comparação à safra de 2021/22.
Entretanto, a comercialização do grão caiu 21,75% até novembro de 2023, devido a problemas de armazenagem. Assim, apenas 82,67% do cereal já foi negociado até novembro de 2023.
As projeções para a safra 2023/24 são de uma redução de 6,27% ante a safra 2022/23, devido às condições climáticas e as incidências de pragas e doenças. A produtividade esperada é de 103,85 sacas por hectare, queda de 11,09% ante a 2022/23, e a estimativa é que a produção seja de 43,75 milhões de toneladas, 16,67% em relação à safra anterior. Dessa forma, apenas 15,59% da produção foi negociada em contratos futuros.
Já a safra de algodão ficou em 1,20 milhão de hectare, 2,15% maior que o registrado na safra 2021/22, a produtividade média foi de 311,34 arrobas por hectare. A safra recorde foi resultado de boas condições climáticas que favoreceram a cultura. A produção do algodão em caroço totalizou 5,61 milhões de toneladas, 28,22% maior que o registrado na safra 2021/22, e a comercialização ficou em 79,36%, 6,05 pontos percentuais menor que na safra 2021/22.
A expectativa é que a safra 2023/24 seja ainda mais produtiva, com 1,35 milhão de hectares semeadas e rendimento de 284,35 arrobas por hectare, 8,61% menor que o do ciclo 22/23, entretanto a estimativa de produção é de 5,78 milhões de toneladas, superando a safra 202/23.