O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lançam, nesta terça-feira (01), o Plano Safra 25/26: força para o Brasil crescer. A cerimônia será realizada em Brasília, no Palácio do Planalto, às 11h. O Plano Safra oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para produtores rurais. No âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estão o crédito rural e os programas destinados a médios e grandes produtores.
Hoje, Lula lançou a versão do Plano Safra para agricultura familiar com a oferta de R$ 78,2 bilhões para financiamentos na temporada 2025-2026. Os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que este ano completa 30 anos. O valor representa um aumento de 47,5% do crédito rural para a agricultura familiar, quando comparado ao último governo.
Ao todo, o plano promete movimentar R$ 89 bilhões entre crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras ações. Neste montante, a garantia da safra terá R$ 1,1 bilhão. Outros R$ 3,7 bilhões serão destinados para compras públicas. “Além do valor recorde, conseguimos manter taxas de juros acessíveis, especialmente para a produção de alimentos essenciais, mesmo em um cenário econômico desafiador, garantindo que o agricultor familiar tenha condições justas de financiamento”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
O ministro declarou que os recursos destinados ao Plano Safra demonstram o compromisso do governo com a “soberania alimentar” do País. Teixeira explicou que um dos objetivos do governo é incentivar a produção ecológica, a fim de reduzir o uso de produtos químicos no cultivo de alimentos. “Queremos acelerar essa transição”, afirmou o ministro, que destacou o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), cujo decreto foi assinado por Lula na cerimônia.
O governo federal lança anualmente o Plana Safra para incentivar a produção de alimentos em território brasileiro por meio de empréstimos concedidos com juros mais baixos do que os praticados pelo mercado financeiro.
Investimentos no setor
Na comparação com o plano anterior da agricultura familiar, que reservou R$ 76 bilhões no Pronaf, o governo amplia em cerca de 3% o valor ofertado no ciclo de produção que se inicia. Para incentivar o cultivo de alimentos da cesta básica, o governo manteve a taxa de 3% para financiamento da produção convencional arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite. A taxa cai a 2% caso o cultivo seja orgânico ou agroecológico. Essa estratégia, adotada nos últimos dois planos safras da agricultura familiar, resultou no aumento dos financiamentos para produtos da cesta básica, gerando renda no campo e garantindo preços mais justos aos consumidores.
Com a soma dos últimos dois planos safras, já são mais de R$ 225 bilhões de crédito rural destinado à agricultura familiar neste governo. Para a atual safra foram criadas linhas para apoiar a agroecologia, irrigação sustentável, adaptação às mudanças climáticas.
Este Plano Safra da Agricultura Familiar também traz mais incentivos para a mecanização, no contexto do Programa Mais Alimentos. O governo ampliou de R$ 50 mil para R$ 100 mil o limite para compra de máquinas e equipamentos menores com taxa de juros de 2,5% ao ano. Para máquinas maiores, de até R$ 250 mil, a taxa de juros ficou em 5%. O Plano Safra da Agricultura Familiar também prevê linhas de créditos para agroecologia, irrigação sustentável, adaptação às mudanças climáticas, quintais produtivos rurais, conectividade e acessibilidade no campo.