Com estiagem, situação de lavouras contrastam conforme época de plantio e irrigação

O cultivo da soja em Espumoso, no Alto Jacuí, foi severamente afetado pela estiagem. Algumas áreas já foram destruídas e outras sequer foram plantadas. Neste contexto, as lavouras mais afetadas são aquelas semeadas próximas da abertura do plantio, entre o final de outubro e o início de novembro.

“Nós temos plantas menores, que já estão em estádio reprodutivo, e a chuva chegou muito tarde para segurar a floração e vagem. Realmente o potencial de prejuízo é muito grande, com certeza acima de 70%”, relata o Diretor da SuperAgro Consultoria e Pesquisa Agrícola, Felipe Hunhoff.

A redução de produtividade em uma área trabalhada por ele chega a quase 90% pela falta de chuvas. “Partindo do ponto de vista de que não vai chover, ou que o volume chuvas não vai ser adequado, possivelmente essa é uma área que vai ter que ser eliminada ou vai ter que ser dedicada a outra cultura para tentar buscar uma renda nesse período pré cultura de inverno, tentar buscar uma outra alternativa, ou realmente formar uma cobertura de solo, com o objetivo de estruturação de solo, focando no próximo ano e no sistema produtivo como um todo”.

Contraste

A alguns quilômetros, uma lavoura irrigada contrasta com a situação da região e demonstra como as demais áreas deveriam estar. “Uma planta com porte maior, vagens desde o terço inferior até o terço superior, já em enchimento de grãos, ao contrário da outra área”, relata o especialista sobre as duas áreas, que possuem épocas de semeadura semelhantes. Apesar do potencial, as altas temperaturas e a demanda por água reduziu o potencial produtivo, que não deve alcançar o objetivo de 100 sacas/hectare.

Patrocínio: BASF