Arroz irrigado: uso de rotação de culturas diminui a incidência de plantas daninhas na lavoura

São aproximadamente 400 mil hectares de arroz irrigado no Rio Grande do Sul, dentro do sistema de rotação de culturas. Juntamente com as culturas da soja e do milho, o sistema produtivo auxilia na melhoria do fluxo de caixa e traz outras vantagens técnicas e econômicas à propriedade, entre elas uma melhor drenagem da lavoura e uma menor incidência de plantas daninhas, de acordo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga).

O sistema ajuda o “produtor a ter um posicionamento de venda escalonada de alguns produtos durante a safra, aumentando sua possibilidade de fluxo de caixa e posicionando essas vendas em momentos mais favoráveis”, afirma o coordenador regional da fronteira oeste do Irga, Cleiton Ramão.

Em algumas regiões arrozeiras também se destaca a utilização do sistema integração lavoura-pecuária. “A pecuária entra, principalmente, na estação do inverno se beneficiando desse sistema com o plantio de azevém ou aveia. E há um sinergismo entre a pecuária e a rotação de cultura, onde todas as culturas ganham e a propriedade ganha tanto em termos técnicos como em termos econômicos”, frisa Ramão.

Gestão de recursos

A gestão da água e da área são fundamentais e dependem do autoconhecimento do produtor a respeito da sua propriedade. “É uma gestão muito técnica interna da propriedade, de autoconhecimento. Se eu trabalho apenas uma cultura eu tô programado, planejado para atender a demanda daquela cultura, principalmente em água, pensando em irrigação”, explica Ramão.

Nesse sentido, o coordenador ressalta que é importante balancear as tomadas de decisões, portanto se uma nova cultura for implantada, por exemplo, o produtor deve considerar diminuir a área utilizada para a cultura já trabalhada ou aumentar o volume de água que há na propriedade; “para poder atender essa outra cultura em momentos de déficit hídrico/estiagem durante a safra”, frisa.

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