Colheita de Arroz

Colheita do arroz atinge 79,19% da área semeada

Planície Costeira Externa e Fronteira Oeste estão próximas de encerrar a colheita

Colheita de arroz.
Maior produtor nacional, o Rio Grande do Sul semeou 927.8885,90 hectares de arroz irrigado, o que representa 97,84% da intenção prevista para a safra 2024/2025 | Foto: Giovani Wrasse/Irga

O Rio Grande do Sul contabiliza 79,19% da área semeada de arroz já colhida. Ao todo, 768.873 hectares foram colhidos no Estado, conforme levantamento semanal feito pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A Planície Costeira Externa está com 95,02% da área semeada colhida, seguida pela Fronteira Oeste com 90,87%, Planície Costeira Interna com 82,87%, Campanha Gaúcha com 71,90%, Zona Sul com 66,35% e Região Central com 60,31%.

O gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do Irga, Luiz Fernando Siqueira, explica que a colheita está avançando lentamente em razão dos dias serem menores. Mas acredita, que devido às previsões de clima favorável para os próximos dias, a colheita deverá avançar, favorecendo o encerramento da colheita na Planície Costeira Externa e Fronteira Externa.

Maior produtor nacional, o Rio Grande do Sul semeou 927.8885,90 hectares de arroz irrigado, o que representa 97,84% da intenção prevista para a safra 2024/2025. A projeção inicial era de 948.356,80 hectares, conforme o Irga.

A produção gaúcha estimada para esse ciclo é de 8,04 milhões de toneladas, um incremento de 11,69% em relação à safra anterior, segundo dados do Irga, A Emater/RS-Ascar estima uma produtividade de 8.478 quilos por hectare.

Preços

Com baixa liquidez e ritmo típico de pré-feriado, o mercado de arroz operou em ambiente de baixa movimentação e preços apenas nominais na última sexta-feira (18).“Apesar deste compasso mais calmo, o setor segue atento aos desdobramentos das recentes chuvas e ventos fortes que atingiram o Rio Grande do Sul, principal polo produtor do País, monitorando com cautela os potenciais reflexos sobre os preços e a qualidade do produto final”, destaca o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Embora o ciclo 2024/25 tenha registrado um desempenho bastante satisfatório no estado gaúcho, com alguns relatos de produtividades perto de 15 toneladas por hectare – ultrapassando a marca de 300 sacas por hectare em algumas regiões, há registros pontuais de adversidades. “A menor luminosidade registrada no final de novembro, seguida por períodos de calor intenso em janeiro, trouxe desafios para algumas lavouras, o que pode ter comprometido parcialmente o potencial produtivo em determinadas localidades”, pondera Oliveira.

Ainda assim, o saldo geral da safra é amplamente positivo, o que ajuda a manter a estabilidade dos preços no curto prazo. Em termos nacionais, os trabalhos de colheita já alcançam cerca de 70% da área cultivada.

Para o analista da Safras & Mercado, o mercado interno encontra-se em equilíbrio momentâneo, com pouca pressão vendedora e uma postura ainda cautelosa dos compradores. “Enquanto isso, o mercado internacional permanece como um importante ponto de apoio, especialmente diante de um câmbio ainda favorável às exportações”, ressalta Oliveira.

O ambiente, portanto, é de expectativa, com os fundamentos sinalizando estabilidade, mas com possíveis gatilhos de volatilidade dependendo da evolução climática e dos desdobramentos nas negociações externas.

Portanto, a média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) fechou em R$ 77,13 na quarta-feira (16), queda de 0,20% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 6,24%. Em relação a 2024, a desvalorização atingia 25,4%.