A continuidade das atividades de colheita da soja e os tratamentos fitossanitários foram interrompidos devido ao excesso de umidade. Conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS – Ascar, entre os dias 15 e 17 de março ocorreram chuvas intensas, principalmente nas regiões a Oeste do Rio Grande do Sul.
Segundo a entidade, algumas lavouras apresentaram danos por erosão em razão dos grandes volumes precipitados. Na Campanha, as precipitações foram menos intensas, porém ainda significativas, superando 35 mm, o que foi crucial para mitigar os efeitos da estiagem em municípios que estavam há quase 60 dias sem chuvas expressivas.
A colheita avançou para 3% da área cultivada. A fase predominante é o enchimento de grãos, atingindo 59%, e a maturação 27%. Os rendimentos iniciais das lavouras precoces variaram de 1.500 kg/ha a 4.800 kg/ha (Campos de Cima da Serra). O menor número se deve às chuvas insuficientes e a maior produção foi onde as chuvas foram mais frequentes. A área cultivada no Estado está estimada em 6.681.716 hectares. A produtividade projetada é de 3.329 kg/ha.
Manejo da soja
Em termos fitossanitários, prevalece o controle de doenças de final de ciclo, especialmente ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi). Nas zonas de maior precipitação, os produtores enfrentam dificuldades relacionadas ao excesso de umidade no solo para o trânsito de pulverizadores.
Nesta safra, há preocupação em relação as possíveis perdas por ferrugem nas lavouras que receberam aplicações há mais de 20 dias, pois o período residual dos fungicidas está praticamente expirado.
Outro problema, observado em várias regiões, é a infestação de plantas daninhas, tais como buva e caruru, revelando falhas no protocolo de controle por meio de aplicações de dessecantes ou por resistência das plantas aos produtos aplicados.