Arroz

Orizicultores colhem 68% da área semeada no Rio Grande do Sul

A produtividade média é de 8.376 quilos por hectare, considerada muito satisfatória, segundo a Emater

colheita de arroz.
Colheita do arroz chega a 68% da área cultivada | Foto: Giovani Wrasse/Irga/Divulgação

A colheita do arroz no Rio Grande do Sul foi prejudicada pelas precipitações ocorridas em dois momentos distintos ao longo do período, sendo retomada em grande parte do Estado apenas no dia 4 deste mês. Os orizicultores que também cultivam outras culturas, como soja e milho, têm priorizado a colheita do arroz em razão do elevado risco de deterioração da qualidade dos grãos, provocado por ciclos sucessivos de umedecimento e secagem, causados pelas chuvas intermitentes.

Adicionalmente, há apreensão quanto ao acamamento das plantas em função da possibilidade de ventos e chuvas mais intensas, o que pode dificultar a operação mecanizada, aumentar perdas quantitativas e comprometer o rendimento industrial. A área colhida alcança 68%, e a produtividade média é de 8.376 quilos por hectare, considerada muito satisfatória.

Nas áreas remanescentes (32%), os produtores têm intensificado as práticas de drenagem com o objetivo de facilitar a entrada das colhedoras, otimizar o escoamento dos grãos e preparar adequadamente o solo para o manejo da resteva. A maioria dessas lavouras encontra-se em maturação fisiológica, com potencial de colheita acelerada, desde que as condições climáticas permaneçam favoráveis nas próximas semanas.

Em relação à comercialização, persiste a preocupação dos produtores com a queda dos preços em diversos municípios e com a manutenção de patamares baixos nos demais, o que compromete a rentabilidade da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a  chuva suspendeu temporariamente as operações de colheita. Na Fronteira Oeste, os trabalhos estão em estágio avançado: em São Borja e em Maçambará, cerca de 90% da área cultivada foi colhida. As produtividades seguem acima das expectativas iniciais em virtude do desempenho satisfatório das lavouras durante os estádios vegetativo e reprodutivo, favorecidos pelas condições climáticas ao longo do ciclo.

Em Bagé, na Campanha Gaúcha, 60% da área plantada foi colhida, mas a continuidade da operação está condicionada à estabilidade climática. Na de Pelotas, em Piratini e Cerrito, a colheita foi encerrada. Em São Lourenço do Sul e Pedras Altas, 95% foram colhidos. Em termos regionais, a colheita alcança 56%. Em maturação são 43%; e em enchimento de grãos, 1%.

Na de Santa Maria, a colheita alcança 55%, apresentando rendimentos distintos: em Cachoeira do Sul e Restinga Sêca, as produtividades obtidas superam as projeções; em Cacequi e São Pedro do Sul, estão abaixo das estimativas iniciais.

Na de Soledade, no Baixo Vale do Rio Pardo, as precipitações fracas ocasionaram breves interrupções nas operações de colheita. Até o momento, 55% da área cultivada foi colhida. A produtividade tem se mostrado elevada na maioria das lavouras. Os grãos apresentam qualidade satisfatória, reflexo do suprimento hídrico adequado durante a maior parte do ciclo da cultura. Em algumas áreas, foram observados grãos chochos ou malformados, atribuídos à ocorrência de temperaturas elevadas durante a floração.