O potencial produtivo das lavouras de arroz irrigado no Rio Grande do Sul se mantém alinhado às projeções iniciais de produtividade, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (27). As dificuldades durante o cultivo, em relação às temperaturas elevadas e à capacidade de irrigação durante a estiagem, estão sendo superadas com as precipitações pontuais no final do estágio reprodutivo, que permitiram a recarga parcial dos reservatórios.
Houve também um incremento na área plantada em comparação à safra anterior, impulsionado pela valorização do cereal no momento do plantio, tornando a expectativa de safra favorável. No entanto, a recente queda na cotação do produto com a expectativa do novo ciclo, tem causado preocupação entre os orizicultores em relação a cobertura dos investimentos empregados no cultivo.
Os agricultores reclamam da alta nos custos de produção, que deve ficar entre 3% e 5% conforme estimativa da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do sul (Federarroz). Se essa tendência aumentar à medida que a safra avançar, pode resultar em preços de comercialização abaixo do custo de produção, elevando o risco de descapitalização dos produtores, alerta a entidade.
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No período, apesar das condições ambientais propícias, a colheita, que iniciou em Itaqui e Maçambará, no Extremo Oeste gaúcho, progrediu de forma moderada, chegando a 6%, limitada pela necessidade de conclusão do ciclo fenológico. A Emater/RS-Ascar diz que a operação deve se acelerar no início de março, uma vez que cerca de 30% da área está em processo de maturação. Em enchimento de grãos estão 43% das lavouras; em floração, 18%; e em fase vegetativa, 3%.
Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga), a área efetivamente plantada foi reavaliada em 970.194 hectares. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 quilos por hectare.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita atingiu 9% da área cultivada, avançando, de forma mais significativa, na Fronteira Oeste. Em Itaqui, os trabalhos seguem adiantados em relação aos demais municípios, e 20% dos 67 mil hectares foram colhidos. Em São Borja, a colheita alcança 15% dos 33.965 hectares cultivados. Nessa região, 33% das lavouras estão em enchimento de grãos e 31% em maturação. Na Região da Campanha Gaúcha, a colheita está em fase inicial. Estão 33% das áreas em floração e 45% em enchimento de grãos.
Na de Pelotas, 55% das áreas estão na fase de granação; 35% em floração; e 10% maduras e prontas para colheita. Os produtores estão realizando manutenções nas estradas e nos equipamentos de colheita para garantir o escoamento da produção. Na de Santa Maria, houve redução na área de cultivo devido à dificuldade de sistematização dos talhões, cujas estruturas de contenção e irrigação foram destruídas pela enchente de maio de 2025. A colheita foi realizada em 5% da área; 26% estão em maturação; e aproximadamente 50% em enchimento de grãos.
