A área total semeada com arroz no Rio Grande do Sul na safra 2024/2025 foi de 970.194 hectares, com um aumento de 7,8% em relação à safra passada, 69.991 hectares. O número foi divulgado pelo Instituto Rio Grande do Arroz durante a 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão,
Todas as regiões do Estado registraram aumento da área semeada: Fronteira Oeste 8,61%, Campanha 7,58%, Zona Sul 8,91%, Região Central 4,82%, Planície Costeira Externa 6,33% e Planície Costeira Externa 8,69%.
Entre as cultivares, a IRGA 424 RI segue liderando, com 54,47% do total. Outro cultivar do instituto, a IRGA 431 CL, com 7,57%. Ao todo, o Irga responde por 63,09% das cultivares semeadas no RS (612.095 hectares).Já a área plantada de soja é de 364.296 hectares, redução de 13,72%, 57.914 hectares em comparação ao último ano. As regiões que registraram redução foram: Fronteira Oeste -47,41%, Zona Sul -27,18%, Planície Costeira Externa -21,21%, Planície Costeira Interna -14,77%. Já a região da Campanha e Central registraram aumento, 0,21% e 100,63%, respectivamente.
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A diretora técnica do Irga, Flávia Miyuki Tomita, lembrou em safras anteriores as publicações dos levantamentos da semeadura encerravam em dezembro. Porém, na safra 2024/2025, em função da reconstrução de algumas áreas atingidas pelas enchentes, a semeadura se entendeu no mês de dezembro, inclusive em janeiro em algumas regiões. Os levantamentos foram encerrados no dia 6 de janeiro, mas muitos produtores, em especial da região Central, continuaram com o plantio.
O presidente do Irga, Rodrigo Warlet Machado, explicou que, devido a capilaridade da autarquia e trabalho dos técnicos junto aos produtores, mesmo as áreas semeadas após o período de coleta de dados, foram consideradas no levantamento final da semeadura, tornando as informações precisas.
“Apesar das dificuldades enfrentadas no último ano, os produtores mostraram resiliência e capacidade de superar as dificuldades, demonstrando, mais uma vez, que os produtores gaúchos estão comprometidos em garantir o arroz no prato dos brasileiros”, afirma Tomita.
A safra de arroz 2024/25 é considerada normal, sem grandes exceções até o momento, conforme o responsável pela área de produção vegetal do escritório regional de Pelotas da Emater/RS-Ascar, o engenheiro agrônomo Evair Ehlert. “O clima tem sido favorável, com a disponibilidade de água suficiente para todas as lavouras da região. A alta luminosidade e a radiação solar plena também têm favorecido o desenvolvimento das plantas, o que contribui para bons resultados, embora não excepcionais”, afirmou ele à Safras & Mercado.A expectativa é de que a safra atinja resultados dentro da normalidade, conforme o agrônomo. As produtividades médias esperadas ficam entre 8,5 mil e 9 mil quilos por hectare. No entanto, algumas propriedades podem superar 10 mil quilos por hectare, dependendo das condições locais.
“A opção por culturas irrigadas tem sido uma estratégia devido aos prognósticos climáticos, que indicam possíveis estiagens. Apesar de chuvas abundantes em 2024, a falta de água no final da primavera dificultou a irrigação em algumas áreas, mas, no geral, os produtores conseguiram estabelecer seus cultivos”, relatou Ehlert.
Outro fator relevante apontado pelo especialista é a rotatividade com soja, uma opção cada vez mais presente, mas com preços de mercado não tão atrativos e dificuldades no manejo da irrigação para essa cultura. Por conta disso, muitos produtores optaram por manter o arroz irrigado, atraídos pelos preços mais estáveis, próximos a R$ 100,00 por saca.
