ESG

“A descarbonização precisa de biocombustível e o biocombustível precisa de mais aliados”

A retomada do setor de turismo, de forma sustentável e inclusiva, é o centro do Debate Temático de Alto Nível promovido pela Organização Mundial do Turismo (UNWTO) no Salão da Assembleia Geral, Sede da ONU em Nova York, nesta quarta-feira (11). O empresário Erasmo Carlos Battistella, CEO da BSBIOS, maior produtora de biocombustível do país, participa do fórum propondo uma aliança entre os setores públicos e privados para ampliar em grande escala as soluções dos biocombustíveis em conjunto com o crescimento sustentável do setor de Turismo.

Seis meses se passaram desde a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática 2021 (COP26) em Glasgow, na Escócia. Segundo Battistella, “todos nós que estávamos lá pudemos ver a urgência demonstrada pelos líderes mundiais em cumprir os compromissos para uma economia NET ZERO. E para isso, a mobilidade global, seja por ar, mar, rios, estradas ou ruas, desempenha um papel fundamental. A questão que fica é se hoje já existe um combustível capaz de permitir a transição de energia de baixa emissão no transporte com baixo custo”.

No Salão da Assembleia Geral da ONU, Battistella vai destacar o fato de que os biocombustíveis se enquadram perfeitamente neste censo de urgência do qual todos falam para atingir as metas de descarbonização: “Estamos prontos e podemos reduzir as emissões em todos os modais de transporte: o Ferroviário, o Rodoviário (nas estradas e nas cidades), o Aéreo e o Aquaviário (nos mares e rios)”.

Como afirma o documento “Sustainable Aviation Fuel Policy Toolkit” do Clean Skies for Tomorrow (iniciativa de empresas e organizações de alta ambição que trabalham para descarbonizar a aviação global por meio de combustíveis de aviação sustentáveis e outras tecnologias de próxima geração), o fornecimento suficiente de biocombustíveis avançados requer produção, o que requer grandes investimentos, que por sua vez requerem estruturas regulatórias confiáveis e duradouras.

“Precisamos de políticas públicas claras e estruturas regulatórias estáveis para atrair novos investimentos comprometidos em produzir um combustível que tornará a transição possível. A Organização Mundial do Turismo pode ser uma referência global nesse desafio”, aponta Battistella.

“Sem um marco regulatório claro que defina uma demanda mínima, os investimentos podem ser lentos em vir, o que diminuirá a velocidade da transição energética. Continuamos a fazer progressos em nossa grande aposta na produção avançada de biocombustíveis, entretanto, esta é uma batalha que requer o envolvimento de governos, organizações internacionais e muitos setores que precisam acelerar a transição energética em seus negócios. O biocombustível avançado precisa de aliados para que possa fornecer em grande escala suas soluções de descarbonização”, completou Battistella sobre a sua participação no debate na ONU.

Fonte: Divulgação