Milho

Iniciativa de combate à cigarrinha identifica a praga em 85% das armadilhas instaladas no País

Entre os problemas enfrentados pelo produtor de milho nas últimas safras, a cigarrinha-do-milho se destaca, já que a praga transmite os agentes causadores do complexo do enfezamento do milho, que é capaz de reduzir em mais de 70% a produtividade da lavoura, de acordo com a Embrapa. Para ajudar o produtor a ser mais assertivo no manejo da praga e mitigar maiores perdas na produção da safra 2021/22, a Bayer criou o Esquadrão de Combate à Cigarrinha. Até o momento, foram monitorados 377 municípios brasileiros e 3.171 armadilhas foram instaladas, das quais 85% constataram a presença da praga, cobrindo 65% da área de safrinha do brasil. Os estados contemplados com o monitoramento foram São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, sendo que os dois últimos registram a maior população de cigarrinha nos principais municípios.

A iniciativa, fruto da parceria com a agtech SIMA, monitora as lavouras de milho através de uma rede colaborativa entre consultores, agricultores e pesquisadores, gerando mapas e relatórios em tempo real que ajudam o produtor a tomar decisões baseadas em dados, evitando os danos causados pelo complexo do enfezamento.

De acordo com o pesquisador em Entomologia na Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), Glauber Renato Stürmer, a instabilidade climática em 2021 favoreceu a incidência da praga: “Mesmo com o cenário a favor da cigarrinha, o monitoramento foi crucial para gerar insights ao agricultor e o auxiliar no manejo, ajudando-o a realizar as aplicações em regiões que mostram maior risco”, afirma o entomologista.

Para Marcelo Giacometti, gerente de ativação da experiência do cliente da Bayer, o monitoramento é uma das principais ferramentas para o produtor. “Por meio do monitoramento e da inspeção da lavoura, identificamos quais pragas estavam no campo e estimamos a densidade populacional, os danos causados pelos insetos e a ocorrência do controle natural. Quando a presença da cigarrinha é detectada, o time de campo recebe os dados gerados e aconselha o produtor sobre o manejo mais eficiente no cultivo”.

Além do monitoramento, para se obter um bom resultado e garantir a rentabilidade do cultivo, é preciso aplicar práticas que envolvem manejo integrado de pragas (MIP) e adotar medidas de controle químico, conforme a Bayer.

Atenção redobrada na safra 2022

Diante das dificuldades enfrentadas pelo produtor durante a primeira safra de milho — entre elas, o fenômeno La Niña que afetou a região Sul do País e resultou na quebra da produtividade, a cigarrinha também trouxe grandes prejuízos as lavouras e, por esta razão, é recomendado redobrar a atenção com a segunda safra.

“Ao utilizar um híbrido de milho de maior tolerância, o potencial de dano de uma cigarrinha-do-milho infectada, por exemplo, é reduzido em 30% a 40%”, diz o pesquisador em Entomologia na CCGL. “Mas é importante manter o monitoramento da cigarrinha e o manejo integrado de pragas”, diz Stürmer.

A Bayer lançou na safra 2020/2021 a biotecnologia VTPRO4 para o milho, já adaptada para cada região do país pelas marcas Agroceres, Agroeste e Dekalb. “Ele possui três mecanismos de ação acima do solo, que cuidam da planta e da espiga de milho, e dois mecanismos de ação que protegem a raiz da planta, resultando em proteção máxima contra as principais lagartas-alvo”, diz Giacometti.

Algumas variedades lançadas para a região Sul, por exemplo, além de agregar notas de tolerância a cigarrinha, são indicadas para uso na safrinha, possuem característica de ciclo super precoce E janela de plantio ampla. Além disso, traz porte baixo, plantas eretas, ótimo sistema radicular e alta velocidade de perda de umidade.

Fonte: Bayer