Corte

CNA e Federações discutem inversão do calendário da vacina contra febre aftosa

A primeira etapa de vacinação, no mês de maio, será destinada aos bovinos e bubalinos com até 24 meses.

O Grupo Técnico de Sanidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quinta (17), para discutir a inversão do calendário da vacina contra a febre aftosa em 2022.

Segundo ofício do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a primeira etapa de vacinação, no mês de maio, será destinada aos bovinos e bubalinos com até 24 meses e a segunda fase, em novembro, aos animais de todas as idades.

A medida é válida apenas para o Bloco IV, do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (PE-PNEFA), composto pelos estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Durante a reunião do GT de Sanidade, representantes da CNA e das federações de agricultura e pecuária dos estados avaliaram a medida e debateram alternativas para evitar possíveis perdas reprodutivas dos animais com a mudança no calendário, uma vez que a segunda etapa coincidirá com a estação de monta, que vai de novembro a janeiro.

Outro assunto tratado no encontro foi o Plano de Ação de Defesa Sanitária para 2022, que inclui o acompanhamento da retirada da vacina contra febre aftosa, efetivação e melhorias no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, vacinação da Zona Não Livre contra Peste Suína Clássica e cisticercose bovina.

No tema febre aftosa, o grupo debateu a criação de fundos indenizatórios nos estados para apoiar produtores rurais em casos de foco da doença, já que o Brasil está em processo de retirada da vacina.

“Os fundos são uma forma de dar garantia financeira aos produtores em casos de perda do rebanho em decorrência da enfermidade. O nosso objetivo é realizar reuniões estaduais para o fomento da criação desses fundos indenizatórios”, disse a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo.

Fonte: CNA