A colheita do arroz no Rio Grande do Sul já atinge 33,59% da área total semeada no estado, número que representa 321.528 hectares. A atualização da evolução da colheita foi divulgada hoje (18) pelo Instituto Rio Grandense do Arroz. O avanço é de 9 pontos percentuais em relação à divulgação desta terça-feira (15). A produtividade média no Estado está em 8.413 quilos por hectare.
A Fronteira Oeste (FO) segue como a mais adiantada entre as seis regiões arrozeiras, com 153.864 hectares colhidos (54,05%). A Planície Costeira Externa vem a seguir, com 47.421 ha (44,31%). Já a Zona Sul registra a maior produtividade das regionais, com 8.928 quilos por hectare.
“Por enquanto, a média de produtividade da safra 2021/2022 no Estado é semelhante à da mesma época do ano passado. O destaque negativo é a produtividade da Fronteira Oeste, que foi a região orizícola mais afetada pela estiagem. Nesta mesma época do ano passado, a FO registrava 9.129 quilos por hectare, enquanto nesta safra está em 8.013 kg/ha”, acrescenta a diretora técnica do instituto, Flávia Tomita.
A apuração foi elaborada pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural, a partir de informações coletadas pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia junto aos produtores e atualizadas na plataforma “Safras Irga”.
Queda na qualidade
As chuvas que vêm ocorrendo no Rio Grande do Sul chegaram a interromper a colheita, que foi retomada apenas quando as condições ambientais permitiram, segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (17) pela Emater/RS-Ascar. “Um aspecto positivo para a atividade foi a recuperação na cotação do produto durante a colheita, embora ainda muito inferior à praticada na safra passada”, avalia a Emater.
Uma regional bastante afetada pela estiagem e pelas altas temperaturas foi a de Santa Rosa. A colheita já foi praticamente concluída, apresentando redução na produtividade de 45%, segundo o Informativo. Como agravante, também houve redução na qualidade do produto e o rendimento médio está abaixo do padrão comercial mínimo de 58%. “Esse fator impacta negativamente em descontos no produto vendido e reduz, ainda mais, os resultados da safra. Com a perspectiva de falta de arroz no mercado regional, produtores estão retendo a venda do produto nessas condições, visando mitigar os prejuízos, com eventual aumento de cotação durante os meses de inverno”, destaca a Emater.
Com informações do Irga e da Emater/RS-Ascar