A colheita da soja no Rio Grande do Sul alcança apenas 3% das áreas cultivadas, mas já expõe a baixa produtividade causada pela estiagem. “As lavouras em final de maturação apresentam vagens e grãos em diferentes tamanhos, dificultando a colheita”, afirma o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). A produtividade também é variável, dependendo de fatores como as condições do tempo e solos de implantação.
A colheita está um pouco mais adiantada na regional de Erechim, onde 5% das lavouras foram colhidas, com rendimento médio de 600 quilos por hectare. “A grande insolação e temperaturas elevadas ainda provocam debulha intensa dos legumes, aumentando perdas”, relata o documento.
A regional de Frederico Westphalen também apresenta 5% das áreas colhidas, enquanto em Passo Fundo o percentual está em 3%. Nesses locais, a produtividade estimada não deverá ultrapassar os 1.500 quilos por hectare.
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Situação atual
No estado, 18% das lavouras de soja estão em floração e 56% em formação de grãos. Essas fases apresentam alta demanda de água e foram beneficiadas pelas chuvas ocorridas entre 21 e 25 de fevereiro, que repuseram de forma parcial a umidade nos solos. No entanto, locais que registraram menor volume de chuvas seguem com as lavouras apresentando queda de folhas, amarelecimento das plantas e baixo número de vagens e grãos. “As lavouras em maturação representam 20% da área cultivada, e mesmo com as chuvas não apresentaram sinais de recuperação e têm perda consolidada na produtividade”, ressalta o Informativo.
De forma geral, a Emater/RS considera que as condições fitossanitárias das lavouras de soja continuam satisfatórias. Porém, há exceções e algumas áreas ainda apresentam incidência de ácaros e trípes, bem como infestação com buva e caruru. “Situação que preocupa tanto pela redução no potencial produtivo pela competição, quanto pelo risco elevado de aumento das invasoras na próxima safra”, avalia o documento.
Programa Monitora Ferrugem RS
O monitoramento da doença mais severa da cultura, a ferrugem asiática, identificou que a ocorrência de esporos tem aumentado nas últimas semanas. Na semana entre 14 e 24 de fevereiro foi identificado grande número nos coletores de Santa Rosa, São Luiz Gonzaga, Cerro Largo, Jóia e Santa Bárbara do Sul. Além disso, quase todo o território gaúcho apresentou presença de esporos, mesmo que em pequenas quantidades. É recomendado que as condições climáticas sejam observadas para o manejo da ferrugem.
Mercado
O levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, identificou cotação média da saca com variação de +0,81% em relação à da semana anterior. O aumento foi de R$ 195,95 para R$ 197,54. O produto disponível em Cruz Alta ficou cotado em R$ 202,00/sc.
Com informações da Emater/RS-Ascar
