Economia

A dança entre Putin e Biden, a virada das bolsas americanas e a reação do Ibovespa

O Ibovespa terminou o dia em baixa, aos 111.591 pontos. O dólar interrompeu a sequência de baixas e fechou a R$ 5,10.

Antes mesmo da abertura das cortinas já dava para perceber que o coreógrafo do espetáculo havia pensado em cada detalhe. Todos os movimentos foram muito bem ensaiados durante meses, ou até mesmo anos.

Primeiro, uma transmissão em rede nacional com uma declaração de guerra ao país vizinho e uma ameaça aos que tentassem interferir. Depois, explosões, que foram transmitidas ao vivo pelas câmeras de centenas de emissoras internacionais posicionadas para assistir tudo de camarote.

Ainda nas primeiras horas da madrugada, o mercado financeiro global seguiu os passos do ballet de Vladimir Putin em ritmo conhecido e familiar, com referências claras aos tempos mais gloriosos da União Soviética. Enquanto as tropas russas iniciavam sua ofensiva em território ucraniano, os índices futuros em Wall Street e as bolsas asiáticas amargavam uma queda brusca.

O petróleo disparou para além dos US$ 100 e o ouro – tradicional reserva de valor em tempos de crise – atingiu máxima em mais de um ano. O banho de sangue nos mercados globais parecia inevitável e indicava a proximidade do clímax do primeiro ato, mas, de forma inesperada e quase surpreendente, a música mudou e o ballet seguiu um novo coreógrafo – Joe Biden.

O Ibovespa, que chegou a perder mais de três mil pontos, encerrou o dia com uma queda de “apenas” 0,37%, aos 111.591 pontos. O dólar à vista disparou em direção aos R$ 5,16, mas reduziu os ganhos para encerrar a sessão em alta de 2,02%, a R$ 5,1052.

As bolsas americanas foram além e fecharam o dia com avanços expressivos – o Nasdaq subiu 3,34%, o S&P 500 avançou 1,50% e o Dow Jones teve alta de 0,28%.

Fonte: seudinheiro