Segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram registrados 149,7 mil acidentes com escorpiões no Brasil apenas no ano de 2020. Os escorpiões são aracnídeos ativos durante todo o ano, embora com menor intensidade nas estações mais frias e podem ser encontrados praticamente em todo território brasileiro.
Os escorpiões não costumam atacar os humanos, no entanto, como mecanismos de defesa ao serem importunados podem picar seu perturbador; além de utilizar por sobrevivência desse mesmo mecanismo para capturar suas presas.
Algumas de suas características e hábitos
Escorpiões adultos que ocorrem no Brasil podem medir entre 4 e 12 centímetros de comprimento e durante o dia, escondem-se sob pedras, tijolos, troncos ou rachaduras em pisos e paredes. Com a ajuda de suas pinças (pedipalpos) e muitas vezes de seu veneno, predam e se alimentam de diversos insetos como baratas; além de outros invertebrados e até mesmo pequenos mamíferos.
Os escorpiões vivem em média de 5 a 6 anos e as fêmeas de algumas espécies têm a capacidade de gerar descendentes mesmo sem a necessidade de um macho; processo chamado de partenogênese.
No Brasil, o gênero que causam maior número de acidentes pertence ao gênero Tityus. Sendo que a maior parte dos acidentes envolvem o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), escorpião-marrom (Tityus bahiensis), escorpião-amarelo-do-Nordeste (Tityus stigmurus) e escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus).
Como prevenir dos acidentes
- Evitar caminhar descalço;
- Não pôr as mãos ou pés em buracos, sob pedras e troncos podres;
- Checar calçados e roupas antes de se vestir;
- Não deixar roupas de cama ou lençóis pendurados ao nível do chão e sempre os sacudir antes de usar ou guardar;
- Manusear o lixo, lenha ou entulhos com cuidado e preferencialmente com luvas adequadas (luva de raspa).
Como prevenir os escorpiões?
Prevenção é o melhor aliado quando se trata desses animais indesejáveis, evitar que esses aracnídeos se instalem e desenvolvam não é uma tarefa simples; mas algumas medidas podem contribuir, tais como:
- Manter jardins e quintais limpos e organizados, além da grama aparada;
- Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;
- Usar telas em ralos, pias ou tanques;
- Vedar frestas e fendas ou buracos ao longo das paredes e pisos e até mesmos as soleiras de portas ou janelas;
- Preservar seus predadores naturais como aves, lagartos, lagartixas e sapos;
Além das medidas que devem ser tomadas dentro de casa, a vizinhança também deve colaborar, bem como os terrenos baldios devem ser limpos periodicamente.
Como controlá-los?
Para o controle desses aracnídeos, sempre solicite o serviço de uma empresa profissional de controle de pragas e com experiência na área; pois a inspeção e o diagnóstico são pontos cruciais antes de definir a estratégia de controle a ser adotada. Dessa forma, os métodos implementados serão personalizados de acordo com a situação específica do local, podendo muitas vezes adotar o uso de inseticidas profissionais; além de orientar com mais criteriosidade medidas preventivas que devem ser adotadas.
“Os inseticidas são ferramentas fundamentais no manejo dos escorpiões, no entanto, devem ser utilizados com criticidade e exclusivamente por parte de profissionais como instituições ou empresas especializadas. O uso amador dessa ferramenta pode inclusive agravar a situação e aumentar os riscos de acidentes. Sendo assim, a adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas) é de extrema importância para mitigar os problemas relacionado ao escorpionismo”, conclui Jeferson de Andrade, pesquisador da área de Desenvolvimento de Produto e Mercado da BASF.