
A Emater/RS-Ascar projetou para esta safra de verão o plantio de 26.096 hectares com feijão 1ª safra. Boa parte das principais regiões produtoras está semeada e a cultura apresenta diferentes estágios fenológicos, faltando concluir o plantio nos Campos de Cima da Serra, maior produtor em primeira safra. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (18/12), as chuvas do dia 08/12 permitiram a recomposição da umidade nos solos, favorecendo grande parte das lavouras e contribuindo para amenizar o déficit hídrico das pastagens. No caso do feijão 1ª safra, a estiagem prolongada já ocasionou perdas irreversíveis na qualidade do grão e na produtividade, estimada em 1.779 kg/ha.
As adversidades climáticas ocasionaram abortamento de flores e queda de vagens em formação, especialmente em lavouras de feijão que ingressavam na fase reprodutiva. A situação fitossanitária está satisfatória, mas o período seco favoreceu a incidência de ácaros em lavouras isoladas, demandando controle químico. Porém, há riscos de perdas significativas nesta safra de feijão.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, os plantios escalonados de feijão destinados ao autoconsumo foram retomados. As lavouras apresentam distribuição heterogênea dos estádios fenológicos: 41% em fase vegetativa, 26% em florescimento, 27% em enchimento de grãos, 5% em maturação e 1% colhido.
Na região de Soledade, as chuvas não foram suficientes para reverter as perdas decorrentes do período seco, associado a temperaturas elevadas. As perdas ainda não foram quantificadas, mas são pontuais e concentradas em áreas de solos rasos e compactados. Quanto aos estádios fenológicos, 10% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 30% em florescimento e formação de vagens, 50% em enchimento de grãos e 10% em maturação. Já na região de Santa Maria, 80% da cultura está na fase reprodutiva, e cerca de 15% colhidos. O rendimento médio está estimado em 1.414 kg/ha.
Fonte: Seapi
