As pastagens estão em processo de rebrote nas áreas com ocorrências de chuvas, mas ainda sem condições satisfatórias para garantir um aporte nutricional suficiente com o pastoreio, devido a estiagem. As temperaturas mais amenas também melhoram as condições de pastejo, garantindo o conforto térmico aos animais.
Mas, nos locais sem ocorrência de precipitações, a queda da temperatura ambiente foi substituída pelo calor extremo, acompanhado de baixa umidade relativa do ar; prejudicando ainda mais as pastagens nativas que se encontram escassas, secas e altamente suscetíveis às queimadas. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (17) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
Em áreas onde foram realizados manejos como ajuste de carga, pastoreio rotativo ou roçadas, as condições dos campos são melhores; mesmo sob o efeito da estiagem.
Bovinocultura de corte
Na maior parte de regiões, as chuvas contribuiram para a retomada das pastagens e da oferta forrageira para os rebanhos de corte. Nas regiões mais centrais e ao sul, nos locais de solo mais arenoso, e onde não houve volume significativo de precipitações; o reflexo da estiagem ainda o cenário crítico, tanto pela falta de pastagens, como de água para dessedentação animal.
No aspecto reprodutivo, o período é principalmente destinado a monta. Nos locais onde foram realizadas inseminações em tempo fixo, o momento é de repasse com touros para aumentar os índices de prenhes, que também estão reduzidos em função dos efeitos da estiagem.
Há relatos de aumento da presença de ectoparasitos, como carrapatos e miíases (bicheiras), comuns no calor. Os produtores estão realizando o tratamento com vistas a evitar o aumento do estresse nos animais já acometidos pela perda de peso decorrente da redução na oferta de alimento.
Bovinocultura de leite
Nas regiões mais afetadas pela estiagem, a alimentação dos animais está baseada
praticamente na oferta de ração, sendo que o pouco volume de silagem de milho produzido
nesta safra já foi praticamente consumido. A falta de água também é muito grave, sendo
limitante para a dessedentação dos animais e para a limpeza dos equipamentos de ordenha.